Montenegro quer um ‘ChatGPT’ português já em 2025
Uma aposta para que se possa "inovar em português" e que Luís Montenegro classifica de um "passo crítico". O anúncio foi feito durante a cerimónia de abertura da Web Summit.
O Governo português quer desenvolver um LLM (large language model) em português “no primeiro trimestre de 2025”, anunciou Luís Montenegro, na sua primeira participação como primeiro-ministro na cerimónia de abertura da Web Summit em Lisboa, a decorrer até 14 de novembro.
Uma aposta para que se possa “inovar em português, preservando o nosso idioma e a nossa cultura ao serviço da inovação” e que o governante classifica de um “passo crítico”. O LLM que o governante aponta já para o próximo ano é um tipo de inteligência artificial (IA), treinado em grandes quantidades de dados, como o ChatGPT.
“Um passo crítico mas sabemos também que dessa maneira vamos conseguir hoje dar respostas que não conseguimos até ontem. Respostas inclusivas dando a cada aluno um tutor educativo de IA, adaptado aos nossos currículos para o deixar compreender o mundo, dando a cada cidadão o acesso aos serviços da administração pública da forma mais simples, mais direta e personalizada para responder às suas necessidades”, refere.
“Dar a a cada empresa a oportunidade de projetar os seus serviços numa era de inteligência artificial também em português”, acrescenta. “Vamos a isto, Let’s do this“, disse o governante depois de discursar em português perante a plateia de empreendedores no Altice Arena.
Antes do anúncio, o primeiro-ministro destacou as iniciativas do Executivo no âmbito para dinamizar a economia e o ecossistema.
“Queremos que as startups que nasçam se tornem grandes empresas. Estamos a traduzir essa visão nas nossas políticas. Há um ambicioso programa para acelerar a economia, estamos a baixar os impostos para as pessoas e para as empresas, declaramos guerra à burocracia, queremos atrair e reter o talento mais jovem, estamos a desenvolver políticas de estímulo à investigação científica e à inovação e a traduzir esse investimento em desenvolvimento económico e empresarial”, disse o primeiro-ministro.
“Esse nosso novo mundo tem de estar ao serviço das pessoas”, disse o governante destacando “entre os múltiplos desafios” a transição climática e energética, iguais oportunidades para todos no ensino, “na saúde e envelhecimento colocarmos a tecnologia e a inteligência artificial ao serviços dos cuidados médicos de qualidade”, disse ainda.
Combater a desinformação “com todas as armas”, preservar a memória e a cultura são outros desafios.
No mesmo dia em que Montenegro anuncia a aposta do Executivo na IA, Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, anunciou a abertura esta semana de um novo hub temático dedicado a esta tecnologia na capital que, lembra, é este ano a cidade europeia da inovação. Lisboa é, reforça o autarca, a casa de 14 unicórnios internacionais.
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