Montenegro quer um ‘ChatGPT’ português já em 2025

Uma aposta para que se possa "inovar em português" e que Luís Montenegro classifica de um "passo crítico". O anúncio foi feito durante a cerimónia de abertura da Web Summit.

epa11715329 Portuguese Prime Minister Luis Montenegro speaks at the opening session of the Web Summit Lisbon 2024 in Lisbon, Portugal, 11 November 2024. Under the theme ‘Where the future will be born’, this year’s Web Summit will feature 2,750 startups, in which the main focus is to promote meaningful connections and communities through meetings, fuelled by the Summit Engine, the Web Summit software. EPA/ANTONIO PEDRO SANTOS

O Governo português quer desenvolver um LLM (large language model) em português “no primeiro trimestre de 2025”, anunciou Luís Montenegro, na sua primeira participação como primeiro-ministro na cerimónia de abertura da Web Summit em Lisboa, a decorrer até 14 de novembro.

Uma aposta para que se possa “inovar em português, preservando o nosso idioma e a nossa cultura ao serviço da inovação” e que o governante classifica de um “passo crítico”. O LLM que o governante aponta já para o próximo ano é um tipo de inteligência artificial (IA), treinado em grandes quantidades de dados, como o ChatGPT.

“Um passo crítico mas sabemos também que dessa maneira vamos conseguir hoje dar respostas que não conseguimos até ontem. Respostas inclusivas dando a cada aluno um tutor educativo de IA, adaptado aos nossos currículos para o deixar compreender o mundo, dando a cada cidadão o acesso aos serviços da administração pública da forma mais simples, mais direta e personalizada para responder às suas necessidades”, refere.

“Dar a a cada empresa a oportunidade de projetar os seus serviços numa era de inteligência artificial também em português”, acrescenta. “Vamos a isto, Let’s do this“, disse o governante depois de discursar em português perante a plateia de empreendedores no Altice Arena.

Antes do anúncio, o primeiro-ministro destacou as iniciativas do Executivo no âmbito para dinamizar a economia e o ecossistema.

“Queremos que as startups que nasçam se tornem grandes empresas. Estamos a traduzir essa visão nas nossas políticas. Há um ambicioso programa para acelerar a economia, estamos a baixar os impostos para as pessoas e para as empresas, declaramos guerra à burocracia, queremos atrair e reter o talento mais jovem, estamos a desenvolver políticas de estímulo à investigação científica e à inovação e a traduzir esse investimento em desenvolvimento económico e empresarial”, disse o primeiro-ministro.

Esse nosso novo mundo tem de estar ao serviço das pessoas”, disse o governante destacando “entre os múltiplos desafios” a transição climática e energética, iguais oportunidades para todos no ensino, “na saúde e envelhecimento colocarmos a tecnologia e a inteligência artificial ao serviços dos cuidados médicos de qualidade”, disse ainda.

Combater a desinformação “com todas as armas”, preservar a memória e a cultura são outros desafios.

No mesmo dia em que Montenegro anuncia a aposta do Executivo na IA, Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, anunciou a abertura esta semana de um novo hub temático dedicado a esta tecnologia na capital que, lembra, é este ano a cidade europeia da inovação. Lisboa é, reforça o autarca, a casa de 14 unicórnios internacionais.

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