Entrada de imigrantes em Portugal aumentou 95% em apenas dois anos
Dados relativos a 2023, revelados pelo INE nesta sexta-feira, mostram que população atingiu valor mais alto desde, pelo menos, 2015. Saldo migratório positivo assegura crescimento de habitantes.
O Instituto Nacional de Estatística revelou nesta sexta-feira as estatísticas demográficas relativas a 2023. A população residente aumentou para 10,64 milhões de pessoas, um crescimento de 1,16% que se deve à imigração.
Sem considerar o fluxo migratório, que considera entrada e saída de pessoas do país de forma permanente, a população residente reduziu-se em 0,31%. Já a taxa de crescimento migratório aumentou 1,47%.
A entrada de imigrantes permanentes subiu 13,3% face a 2022, para 189.367 pessoas. Este número excede em 95% o valor registado em 2021. Face aos 36.849 imigrantes permanentes de 2015, primeiro ano do intervalo considerado pela entidade de estatística oficial e período em que Portugal iniciou a sua trajetória de recuperação após o programa de assistência financeira (troika), a imigração disparou 513%.
Quanto à emigração permanente, a redução paulatina que se verificava de 2015 a 2021 (de 40.377 para 25.079 indivíduos), regressou ao crescimento em 2022, subindo pelo segundo ano consecutivo em 2023, para 33.666 pessoas.
Com estes fluxos, o saldo migratório foi positivo pelo sétimo ano consecutivo, passando de 136.144 pessoas para as 155.701 de 2023.
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Em termos etários, os dados do intervalo 2015-2023 mostram o acentuar do envelhecimento da população, com as mulheres a apresentarem uma idade média de 48,6 anos e os homens de 45,4 anos. Em 2022, mostra o INE, as médias eram, respetivamente, 48,4 e 45,4 anos.
No que toca à mortalidade, os números registados no primeiro e segundo anos da pandemia já foram revertidos, mas os 118.295 óbitos (-4,9% que em 2022) continuam acima do registo entre 2015 e 2019, quando houvera um máximo de 113.051 em 2018. Já a taxa de mortalidade infantil baixou em uma décima, para 2,5%, valor que só e 2020 e 2021 (anos de pandemia) tinha sido menor.
As estatística do INE mostram ainda que nunca houve tantos casamentos neste período 2015-2023 como no ano passado e que a média de idades dos nubentes num primeiro matrimónio também atingiu o maior valor: 34,3 anos nas mulheres e 35,8 anos nos homens.
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