Avaliação bancária da habitação sobe há 11 meses. Em outubro aumentou 1,5%
O preço mediano da avaliação bancária da habitação atinge 1.721 euros o metro quadrado em outubro, mais 12% face ao período homólogo. O INE revela um crescimento em todas as regiões.
O mercado imobiliário continua a dar sinais de não querer abrandar, com o valor mediano de avaliação bancária na habitação a atingir um novo máximo histórico em outubro de 2024.
Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, o valor por metro quadrado subiu para 1.721 euros por metro quadrado (euros/m2), representando um aumento de 1,53%, ou 26 euros face ao mês anterior. Trata-se do 11.º mês consecutivo de subidas mensais do preço mediano da avaliação bancária das casas.
Em termos anuais, o panorama é ainda mais impressionante, com uma taxa de variação homóloga de 12% em outubro, superando os 10% registados em setembro, e com todas as regiões a registarem uma subida dos preços medianos. Há nove anos que a avaliação bancária da habitação em Portugal regista subidas homólogas consecutivas mensalmente.
A nível regional, a Região Autónoma da Madeira destacou-se com o aumento mais expressivo face ao mês anterior, registando um crescimento de 2,6% do valor mediano da avaliação bancária das habitações para os 2.010 euros/m2. Em termos de variação homóloga, a Madeira também liderou, apresentando um aumento homólogo de 17,4%. Estes dados sugerem um interesse crescente no mercado imobiliário insular, impulsionado por fatores como o turismo e investimentos estrangeiros.
Por tipologias, os dados do INE revelam que no segmento de apartamentos o valor mediano de avaliação bancária atingiu 1.920 euros/m2, um aumento de 12,9% relativamente a outubro de 2023. As áreas urbanas continuam a liderar, com a Grande Lisboa a apresentar o valor mais elevado (2.534 euros/m2), seguida pelo Algarve (2291 euros/m2).
Quanto às moradias, o valor mediano situou-se nos 1.317 euros/m2, representando um acréscimo de 9,7% em comparação com o ano anterior. O Algarve e a Grande Lisboa mantêm-se como as regiões mais valorizadas neste segmento, com valores medianos de 2.470 euros/m² e 2.461 euros/m², respetivamente.
Os números do INE revelam também variações dos preços mediados das avaliações bancárias pelas diferentes tipologias de apartamentos. Os T1 registaram o maior aumento, com uma subida de 56 euros face a setembro, atingindo 2.500 euros/m².
Os apartamentos T2 registaram uma subida mensal de 30 euros para os 1.962 euros/m2, e os T3 aumentaram 40 euros para 1.707 euros/m2. Estes dados podem indicar uma procura crescente por apartamentos mais pequenos, possivelmente impulsionada por investidores e compradores de primeira habitação.
O INE revela também que o número de avaliações bancárias realizadas também apresentou um crescimento significativo. Em outubro, foram efetuadas cerca de 34,9 mil avaliações, um aumento de 5,5% relativamente ao mês anterior e um expressivo crescimento de 29,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O mercado imobiliário português continua a demonstrar robustez notável, com o valor mediano de avaliação bancária na habitação a atingir um novo máximo histórico em outubro. Este cenário de contínua apreciação dos imóveis, apesar das pressões económicas globais, levanta questões sobre a sustentabilidade a longo prazo destes níveis de crescimento e o seu impacto na acessibilidade habitacional para os portugueses.
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