As nove tendências que a McKinsey vê para os seguros

  • ECO Seguros
  • 19:43

O aumento dos prémios de seguros e as mudanças no cenário geopolítico e socioeconómico exigem adaptações no setor. A análise da McKinsey aponta desafios e lacunas de cobertura. Saiba quais.

À medida que aumentam os prémios de seguros, permanece instável a conjuntura geopolítica e socioeconómica global. A consultora McKinsey lançou a análise que fez ao setor segurador, tendo concluído que os desafios demográficos afetam a forma como as seguradoras fazem seguros, aumentaram o fosso entre as lacunas de proteção nas economias avançadas e em desenvolvimento relativamente a níveis de cobertura nos ramos Não vida para particulares.

Os prémios brutos emitidos dos ramos Não Vida para particulares atingiram os 1,1 biliões de dólares em 2023, uma subida de 9,5% face ao ano anterior, segundo o ‘Global Insurance Report 2025: The pursuit of growth’, McKinsey. Mesmo tendo crescido 0,5% na percentagem que representa no Produto Interno Bruto (PIB) global nominal, mantém níveis abaixo da pandemia quanto ao seu peso no PIB.

Ainda nos ramos Não Vida para particulares, o fosso da cobertura entre as economias emergentes e maduras alargou-se. O crescimento da indústria em economias desenvolvidas foi impulsionado pelo aumento dos prémios de seguro.

Os aumentos dos preços deste segmento de seguros tornaram o produto menos acessível em alguns mercados. A subida dos prémios é justificada devido ao aumento dos ativos, o custo das reparações, aumento da frequência de casos e aumento dos preços de resseguros.

Quanto aos ramos Não Vida para empresas, a consultora nota que nos últimos cinco anos a taxa média anual de crescimento foi de 8%, enquanto o rácio combinado fixou-se nos 91% em 2023. Também neste caso, o crescimento foi empurrado pelo aumento dos preços dos seguros. Segundo a McKinsey, “os seguradores devem agora concentrar-se em como alcançar um crescimento consistente e rentável num mercado em constante mudança.”.

A consultora valoriza a forma como os seguradores operam, em detrimento do sítio onde operam, ainda que considere tal ser relevante. “Embora uma estratégia de portfólio eficaz não deva ser desconsiderada, a execução é ainda mais crucial, e os seguradores devem reforçar as suas capacidades nas suas principais linhas de negócio para alcançar um crescimento rentável”.

Relativamente ao ramo Vida, as condições macroeconómicas mostraram-se resilientes – com o PIB global a crescer em termos reais, a inflação a diminuir de forma constante e os mercados acionistas a registarem ganhos – acabando por dar algum impulso ao ramo. No entanto, nem todas as linhas de produto e geografias beneficiaram. “Apesar de existirem pontos positivos, o setor como um todo enfrenta dificuldades para manter a sua relevância”, refere.

As alterações socioeconómicas oferecem oportunidades para as seguradoras oferecerem apólices mais flexíveis que atendam a estruturas familiares não tradicionais. Assim, vê oportunidades nos desafios colocados pelo envelhecimento populacional e pela concentração de riqueza na geração X (nascidos entre 1960 e 1970) e reformados. Além disso, também serão impactadas pelas mudanças nas normas sociais e nos estilos de vida – como menos casamentos, taxas de fertilidades mais baixas e agregados familiares com duplo rendimento, tendo as seguradoras que adaptar a forma como produzem os seguros.

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