Sindicato Independente dos Médicos recusa aumento de 5% proposto pelo Governo
O secretário-geral do SIM, que reivindica um aumento de 15%, adiantou que está agendada para segunda-feira uma nova reunião entre as duas partes "para manter essa dinâmica" das negociações.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) rejeitou esta quinta-feira a proposta de aumento salarial de 5% apresentada pelo Ministério da Saúde, alegando que está a uma “distância muito considerável” dos 15% de acréscimo que reivindica.
Em declarações à Lusa após mais uma ronda negocial, o secretário-geral do SIM adiantou que está agendada para segunda-feira uma nova reunião entre as duas partes “para manter essa dinâmica” das negociações, uma vez que o protocolo negocial está previsto terminar no fim do ano.
“Vamos continuar a negociação já na segunda-feira e o Governo ficou de apresentar uma proposta melhorada”, referiu Nuno Rodrigues, ao salientar que a proposta de valorização salarial apresentada pelo ministério de Ana Paula Martins ficou ainda a uma “distância muito considerável” das pretensões do sindicato.
No final de 2023, o SIM chegou a um acordo intercalar com o anterior Governo para um aumento de 15% dos salários dos médicos para este ano, esperando que agora sejam cumpridos os restantes 15%. Nuno Rodrigues admitiu, porém, que esta percentagem pode ser repensada por parte do sindicato, caso seja possível alcançar um acordo global satisfatório para os médicos também nas outras matérias que estão em negociação.
“Se houver, em termos das condições de trabalho, muitas melhorias, nós poderemos repensar. Se não houver melhorias, a nossa posição é totalmente estática de nem menos um cêntimo”, assegurou o dirigente sindical. Nuno Rodrigues adiantou que mantém as expectativas sobre as soluções que o Governo vai apresentar no seu conjunto, referindo que “neste momento as propostas estão do lado” do ministério nas várias matérias que estão a ser negociadas.
“O processo negocial tem de estar concluído até final do ano e esperamos que dê um fortíssimo sinal aos médicos de que vale a pena ficar no Serviço Nacional de Saúde e que vão ter uma perspetiva de futuro. Nós não faremos nenhum acordo em que isso não esteja garantido”, afirmou o secretário-geral do SIM.
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