Acordo UE-Mercosul “representa um ganho muito substancial”, diz Marcelo
Presidente da República espera que agora o acordo seja "rapidamente confirmado pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros".
Marcelo Rebelo de Sousa aplaudiu o acordo político entre a União Europeia (UE) e o Mercosul alcançado esta sexta-feira em Montevideu (Uruguai) e anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Este acordo histórico representa uma oportunidade única para as empresas e a economia de ambos os lados do Atlântico”, indica nota publicada no site da Presidência.
E também será, segundo o Presidente da República, “um ganho muito substancial para os dois lados do Atlântico, beneficiando todos: Estados, empresas e cidadãos”. Marcelo junta-se assim ao coro de líderes europeus, entre os quais António Costa e Luís Montenegro, que aprovam a conclusão de um acordo comercial entre os 27 Estados da UE e quatro países sul-americanos – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O documento, após cerca de 20 anos de negociações, foi finalizado em 2019 e desde então esteve meio congelado pela oposição frontal de França, que já esta sexta-feira voltou a sinalizar que iria “lutar em todas as fases” contra este acordo. Para que entre em vigor ainda é necessária a aprovação de 15 dos 27 Estados-membros e a maioria simples do Parlamento Europeu.
Na nota, Marcelo defende, por isso, que “este acordo possa ser rapidamente confirmado pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros”, uma vez que é “muito importante pô-lo em prática”.
Também o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, escolheu a rede social X, para defender que é preciso “avançar rapidamente com a criação da maior zona de comércio livre do mundo”.
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Von der Leyen, que está a ser criticada por aproveitar a fragilidade política em França para dar o seu aval ao acordo, acredita que o acordo é “uma vitória para a Europa” e se hoje “30 mil empresas já exportam para o Mercosul, muitas mais seguirão”. O acordo abrange 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial, e os países envolvidos representam 25% da economia global.
Após este acordo, o texto vai ser revisto, traduzido e será apresentada uma proposta ao Conselho Europeu e ao Parlamento para a assinatura final.
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