Euribor cai a três meses para novo mínimo desde março de 2023
Esta segunda-feira, as taxas Euribor subiram a seis meses para 2,661% e a 12 meses para 2,450%. No prazo mais curto (três meses), desceram para 2,862%, um novo mínimo desde 17 de março de 2023.
A Euribor desceu esta segunda-feira a três meses para um novo mínimo desde março de 2023 e subiu, pela terceira sessão consecutiva, a seis e a 12 meses. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,862%, continuou acima da taxa a seis meses (2,661%) e da taxa a 12 meses (2,450%).
- A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, subiu para 2,661%, mais 0,007 pontos.
- No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também avançou, para 2,450%, mais 0,051 pontos.
- Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 2,862%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 17 de março de 2023.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
A média da Euribor em novembro desceu nos três prazos, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio: a três meses baixou 0,160 pontos, para 3,007% (contra 3,167% em outubro); a seis meses caiu 0,214 pontos, para 2,788% (contra 3,002%); e a 12 meses recuou 0,185 pontos, para 2,506% (contra 2,691%).
Os mercados esperam que o Banco Central Europeu (BCE) desça, pela quarta vez este ano, e terceira consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos percentuais na reunião de política monetária, a última deste ano, na quinta-feira, 12 de dezembro.
Em 17 de outubro na Eslovénia, a instituição liderada por Christine Lagarde cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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