Mais de um quarto das empresas em Portugal está em falência técnica
No ano passado, 26,3% das 512.751 sociedades não financeiras em Portugal tinham capitais próprios negativos. Indicador tem estado praticamente inalterado desde a pandemia, sendo as PME que mais pesam.
Entre as 512.751 sociedades não financeiras contabilizadas em Portugal em 2023, mais de um quarto (26,3%) tinham capital próprio negativo, isto é, estavam em situação de falência técnica, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago). Comparando com o ano anterior, verifica-se um ligeiro aumento de 0,3 pontos percentuais, mas os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) dos últimos cinco anos mostram que a percentagem de empresas com capital próprio negativo se tem mantido praticamente inalterada, evidenciando que se trata de um problema estrutural do país.
Tendo em conta que, em termos de dimensão, correspondem à esmagadora maioria das empresas nacionais, as pequenas e médias empresas (PME) são as que mais pesam no valor negativo global das sociedades não financeiras em falência técnica, enquanto as grandes empresas pesavam apenas 4% neste indicador. Segundo o INE, é no setor de alojamento e restauração que a percentagem de sociedades com capital próprio negativo é maior (40,7%), seguindo a área dos transportes e armazenagem (34,3%).
Por outro lado, a autonomia financeira das sociedades portuguesas manteve-se inalterada nos 0,43 pontos em 2023, sendo que quanto mais próximo de zero for este indicador, menor é a autonomia financeira de uma empresa, já que isso revela que o seu passivo está próximo do total de capitais próprios. Nas grandes empresas, o indicador de autonomia financeira das grandes sociedades fixou-se nos 0,39 pontos, enquanto o das PME foi de 0,45 pontos, o que revela que, embora pesem mais no número de empresas com capitais próprios negativos, as PME dependem menos de financiamento externo do que as grandes empresas.
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