Taxas do crédito da casa registam maior descida em 12 anos

Taxas de juro dos empréstimos à habitação descem há dez meses seguidos. Em novembro registaram a maior queda em 12 anos à boleia da descida das Euribor.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu para 4,186% em novembro, refletindo uma descida de 9,1 pontos base em comparação com o mês anterior. Foi a maior queda em 12 anos, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

É preciso recuar a novembro de 2012 (-13,0 pontos base) para se observar uma queda mais acentuada. Desde fevereiro que a taxa de juro dos empréstimos mantém uma tendência de descida, acompanhando o alívio das Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa. Em novembro as Euribor nos principais prazos caíram pela primeira vez em muito tempo abaixo da fasquia dos 3%.

Para os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa implícita registou uma queda de 11 pontos base para 3,423%, marcando o 13.º mês a cair consecutivamente. Nos contratos fechados nos últimos 12 meses, a queda da taxa foi de 8,6 pontos base, fixando-se nos 3,624%. Em ambos os casos estão em mínimos de mais de um ano.

Há vários meses que os custos do empréstimo da casa estão em queda, traduzindo o desagravamento da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em face do alívio das pressões inflacionistas na Zona Euro e da deterioração da economia da região. É expectável que a tendência se mantenha no próximo ano.

Em novembro, a prestação média da casa fixou-se em 403 euros, reduzindo um euro em relação ao mês anterior, mas agravando-se 7 euros se compararmos com o mesmo mês de 2023. Destes 403 euros, 58% corresponderam à parcela de juros e os restantes 42% à amortização de capital.

O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 437 euros para 68.129 euros, refere o gabinete de estatísticas.

(Notícia atualizada às 11h30)

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