Criatividade. A nova moeda do mercado de trabalho

  • Mariana Ferreira
  • 3 Janeiro 2025

Ser criativo em contexto profissional não implica apenas ter aptidões artísticas, mas sim uma capacidade única de resolver problemas.

Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo e em constante transformação, a criatividade assume um papel fundamental. Tenho observado que a capacidade de inovar e a disposição para pensar “fora da caixa” são hoje competências fundamentais e muito valorizadas. No entanto, é frequente que tanto recrutadores como candidatos fiquem presos à rotina.

Recrutar talentos é hoje muito mais do que selecionar candidatos com habilidades técnicas adequadas. Em mercados altamente competitivos e com escassez de profissionais qualificados, o recrutador precisa de se reinventar e adotar estratégias criativas para atrair os melhores talentos. Já não é suficiente recorrer aos métodos convencionais – é preciso destacar a empresa e gerar interesse entre os profissionais, especialmente aqueles que possuem múltiplas opções de trabalho.

Para atrair candidatos num mercado saturado, o processo de contratação deve ser encarado quase como uma estratégia de marketing. A empresa precisa não só de anunciar vagas, como também de construir uma “marca empregadora” forte e atraente. Em vez de simplesmente listar responsabilidades e benefícios, uma abordagem criativa pode incluir elementos visuais, como vídeos ou até depoimentos de colaboradores.

Por outro lado, o candidato também precisa de criatividade para se destacar num mercado altamente competitivo. Demonstrar competência técnica já não é suficiente; é necessário adotar formas inovadoras de apresentar o seu valor e captar a atenção dos recrutadores. Personalizar o currículo e o portefólio de acordo com a empresa a que se candidata é uma excelente estratégia. Em vez de usar um modelo padrão, o candidato pode adaptar o design, escolher projetos específicos e incluir uma introdução mais pessoal e cativante.

Estas práticas criativas no processo de recrutamento e na candidatura a um emprego podem transformar a forma como ambos – recrutadores e candidatos – se destacam e alcançam os seus objetivos. Ser criativo em contexto profissional não implica apenas ter aptidões artísticas, mas sim uma capacidade única de resolver problemas, comunicar-se de forma envolvente e adaptar-se rapidamente às mudanças.

No contexto atual, onde a criatividade é cada vez mais um recurso valioso, torna-se essencial que as empresas incentivem esta competência entre os seus colaboradores. Investir na criatividade é investir no futuro e na sustentabilidade do negócio, garantindo que a empresa se mantenha competitiva e adaptável num mercado em constante mudança.

A criatividade, mais do que uma vantagem, é uma necessidade no mercado de trabalho moderno. Quando promovida e valorizada, torna-se uma poderosa ferramenta que impulsiona carreiras e contribui para o sucesso das organizações, abrindo caminho para novas oportunidades e para o crescimento contínuo.

  • Mariana Ferreira
  • Consultora de recrutamento permanente da Multipessoal

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Criatividade. A nova moeda do mercado de trabalho

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião