Pingo Doce dá “extra Natal” de 350 euros a 23 mil trabalhadores. Sindicato fala em discriminação
Medida "Extra Natal" representou um investimento global de 7,7 milhões de euros. Sindicato acusa retalhista de discriminação na hora de atribuir o montante.
O Pingo Doce atribuiu 350 euros adicionais a 23 mil trabalhadores, tendo investido um total de 7,7 milhões de euros na medida “Extra Natal”, apurou o ECO junto da empresa. O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusa a cadeia de retalho do grupo Jerónimo Martins de discriminação “na hora de atribuir um prémio extra de Natal”.
“Esta medida Extra Natal, no valor de 350 euros, foi atribuída a cerca de 23.000 colaboradores e os critérios de elegibilidade são semelhantes a outras iniciativas de reconhecimento, beneficiando o mesmo universo de colaboradores“, diz fonte oficial do Pingo Doce ao ECO. O montante “já foi pago, mas não em simultâneo com o salário”, refere.
“O valor de investimento nesta medida foi de 7,7 milhões de euros“, adianta fonte oficial do retalhista alimentar.
Sindicato acusa retalhista de discriminação
Para o CESP trata-se de uma medida discriminatória. “O Pingo Doce definiu como critério para a atribuição do prémio extra de Natal o ‘alinhamento com os valores Jerónimo Martins'”, acusa o Sindicato afeto à CGTP em comunicado.
“Seja por não aceitar trocar horários em cima da hora, por ter horário flexível para acompanhar os filhos, por participar em plenários, por ser sindicalizado, ou apenas ‘porque sim’ — tudo serviu de motivo para deixar de fora milhares de trabalhadores!”, lamenta o CESP.
Questionada sobre a abrangência da medida, fonte oficial da empresa refere que os 23 mil beneficiados “representam 87% da população elegível”, sem, no entanto, revelar quais os critérios de elegibilidade para a atribuição deste valor adicional nesta época natalícia.
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