⛽ Combustíveis começam o ano sem grandes mexidas. Gasóleo desce meio cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,591 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis quase não vão mexer na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer meio cêntimo e a gasolina não deve ter qualquer alteração, de acordo com as previsões do ACP.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,591 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. Apesar de dia 1 de janeiro entrar em vigor uma nova taxa de carbono, que desce para 67,395 euros/tonelada de CO2, face aos 81 euros agora em vigor, e as taxas de ISP são agravadas para 481,26 euros por mil litros de gasolina e de 337,21 euros no caso do gasóleo – até aqui, os automobilistas pagavam 460,36 euros de ISP por cada mil litros de gasolina e 323,54 euros por mil litros de diesel – mas isso não se traduz em qualquer alteração da fiscalidade suportada pelos contribuintes. Uma neutralidade que foi confirmada ao ECO por fonte do mercado.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo subiu 1,3 cêntimos e a gasolina meio cêntimo, um desempenho que foi ao encontro das expectativas do mercado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a subir 0,66%, para os 73,74 dólares por barril, mas caminha para um ganho semanal de 0,6%, tendo em conta as fracas negociações típicas do final de ano.

Os preços do crude ganharam força depois de a China ter anunciado medidas económicas adicionais, incluindo uma maior flexibilidade para as autoridades utilizar as receitas das obrigações governamentais para estimular o crescimento, aumentando potencialmente a procura por parte dos consumidores de topo. Além disso, os dados do Instituto Americano do petróleo revelam uma queda nos stocks de petróleo bruto, a semana passada em 3,2 milhões de barris, a quinta queda consecutiva. Mas os investidores aguardam dados oficiais.

O Banco Mundial também reviu em alta a sua previsão de crescimento para a China em 2024 e 2025, mas alertou que a fraca confiança e os desafios no setor imobiliário continuarão a pesar sobre a economia. Noutros países há indicações de que as principais empresas energéticas europeias estão a dar prioridade ao petróleo e ao gás em detrimento das energias renováveis para obter lucros a curto prazo – uma tendência que deverá persistir até 2025.

Mas, em termos anuais, o petróleo está no caminho para um declínio de quase 3%, com os preços praticamente estagnados desde meados outubro.

O dólar forte tem pesado sobre os preços, impedindo ganhos mais expressivos. Este trimestre a moeda valorizou 7% e permanece em máximos de quase dois anos face aos principais pares, depois de a Reserva Federal ter sinalizado que vai abrandar o ritmo de descida das taxas de juro em 2025. O dólar mais forte torna o crude mais caros para os detentores de outras moedas

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