Governo “não teve qualquer interferência” na operação no Martim Moniz, diz ministra
Margarida Blasco garantiu, nesta sexta-feira, que a PSP se articulou com o Ministério Público e foi clara a afastar papel do Governo na intervenção policial de dia 19, em Lisboa.
Numa visita a uma operação stop à entrada para a Ponte 25 de Abril, a ministra da Administração Interna falou pela primeira vez sobre o papel do Governo na operação policial decorrida no Martim Moniz. “O Governo não teve qualquer interferência nesta operacionalidade”, assegurou Margarida Blasco aos jornalistas.
“Toda a parte operacional deste tipo de operações, que são ações preventivas contra a criminalidade, são plenamente organizadas, conduzidas e coordenadas com as autoridades judiciárias”, afirmou a governante “Nem as forças de segurança se deixavam instrumentalizar”, disse.
Margarida Blasco assegurou ainda que “a PSP, relativamente a essa operação em causa, coordenou toda a operação com o Ministério Público”. “O Ministério Público, como sabem, esteve sempre presente nessa operação. Nós valorizamos o trabalho empenhado das nossas polícias. As polícias têm a sua autonomia em operacionalidade, fazem-no com o Ministério Público, com as autoridades judiciárias”, disse.
Nesta quinta-feira, a SIC noticiou que a PSP não irá avançar com um inquérito à operação efetuada no Martim Moniz no dia 19, por considerar já ter dado as explicações públicas necessárias. A instituição apenas irá responder à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), que, soube-se esta semana, abriu, “por sua iniciativa, um processo administrativo, com solicitação de informações à PSP sobre a referida operação”, informação avançada ao Expresso pelo inspetor-geral da Administração Interna, o juiz desembargador Pedro Figueiredo.
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