2024 é o terceiro ano com mais prejuízos para o setor segurador por desastres climáticos

  • ECO Seguros
  • 12 Janeiro 2025

Segundo estudo da Munich Re, as catástrofes meteorológicas dominaram o panorama das perdas, representando 93% dos danos globais.

Os desastres climáticos levaram a perdas económicas totais de 320 mil milhões de dólares (312 mil milhões de euros) em 2024, fazendo dele o quinto ano com mais prejuízos desde 1980. Segundo estudo da Munich Re, citado pelo Insurance Business, do total dos desastres globais, as seguradoras suportam 140 mil milhões de dólares (136 mil milhões de euros): o ano passado foi o terceiro mais caro para o setor segurador.

As catástrofes meteorológicas dominaram o panorama das perdas, representando 93% dos danos globais. Os Estados Unidos da América (EUA) sofrem impactos particularmente graves com os furacões Helen e Milton. O primeiro levou a 56 mil milhões de dólares (54 mil milhões de euros) de prejuízos e o segundo a 38 mil milhões de dólares (37 mil milhões de euros), dos quais 25 mil milhões estavam cobertos por seguros.

“Um recorde após outro – as consequências são devastadoras. As forças destrutivas das alterações climáticas estão a tornar-se cada vez mais evidentes, tal como comprovado pela ciência. As sociedades precisam de se preparar para catástrofes meteorológicas mais graves”, afirmou Thomas Blunck, membro do conselho de administração da Munich Re.

O continente americano foi responsável por cerca de 60% das perdas globais resultantes das catástrofes climáticas, acima da média de 54% registada na última década. Só nos EUA as fortes tempestades provocaram perdas de cerca de 57 mil milhões de dólares (mais de 55 mil milhões de euros), dos quais 41 mil (quase 40 mil milhões de euros) estavam cobertos por seguros.

A Europa também registou catástrofes, tendo a região de Valência, em Espanha, sofrido a catástrofe natural mais mortífera dos últimos 50 anos. A região recebeu tanta precipitação num dia como recebe normalmente num ano, resultando em prejuízos de 11 mil milhões de dólares.

A região da Ásia-Pacífico também registou perdas substanciais, incluindo um forte terramoto no Japão no dia de Ano Novo e o tufão Yagi, que causou cerca de 850 mortos em vários países.

Segundo o relatório, 2024 deverá substituir 2023 como o ano mais quente de que há registo, com as temperaturas a atingirem aproximadamente 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

“Todos pagam o preço do agravamento dos fenómenos meteorológicos extremos, mas especialmente as pessoas em países com pouca proteção de seguros ou apoio público para ajudar na recuperação”, afirmou Tobias Grimm, cientista principal da Munich Re para o clima. “A comunidade mundial deve finalmente tomar medidas e encontrar formas de reforçar a resiliência de todos os países, em especial dos mais vulneráveis.”

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