Políticas de saúde da UnitedHealth sob escrutínio. Acionistas querem respostas
Críticos indicam que práticas "atrasam ou restringem o acesso à saúde". Do outro lado, o grupo segurador afirmou que aprova e paga, em média, 90% dos pedidos de reembolso médico apresentados.
Acionistas do UnitedHealth Group solicitaram ao segurador a elaboração de um relatório sobre os impactos financeiros e na saúde pública das suas políticas que alegadamente “atrasam ou restringem o acesso à saúde”, avançou a Reuters.
Um porta-voz do segurador disse que a empresa vai responder às propostas dos acionistas quando a UnitedHealth Group publicar o seu relatório de procuração para a assembleia anual de 2025. Historicamente, a empresa tem divulgado esse documento em abril, com a reunião sendo realizada em junho, mas a data exata ainda não foi confirmada.
Os autores do pedido estão grupos religiosos liderados por Sisters of the Holy Names of Jesus and Mary of Quebec, e Trillium Asset Management.
A proposta pede que a UnitedHealth analise os efeitos de práticas como autorizações prévias e negações de serviços médicos. Essas políticas exigem que os pacientes obtenham aprovação do plano de saúde antes de receberem determinados tratamentos, o que, alegadamente, leva muitos a desistirem do cuidado necessário.
“O padrão de atrasos e recusas de cuidados médicos necessários por parte da UnitedHealth e de outras companhias de seguros prejudica mais do que apenas o próprio paciente”, afirmou Wendell Potter, presidente do Center for Health & Democracy e antigo executivo da Cigna.
Num comunicado de dezembro, a UnitedHealth afirmou que aprova e paga, em média, 90% dos pedidos de reembolso médico apresentados. A empresa classificou as críticas como “altamente imprecisas e extremamente enganosas.”.
O debate ganhou intensidade após o assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em dezembro do ano passado, em Manhattan. O caso chamou a atenção para as práticas das seguradoras de saúde nos EUA, com uma onda de pacientes a relatar atrasos ou negações de atendimento e acusando as empresas de práticas enganosas.
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