Relatório de procurador especial indica que Trump seria condenado se não tivesse sido eleito

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2025

Procurador Jack Smith, que se demitiu na semana passada, "defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento” para Donald Trump.

Um relatório do procurador especial Jack Smith, publicado esta terça-feira pelos media norte-americanos, indica que Donald Trump teria sido condenado pela alegada tentativa de anular o resultado eleitoral de 2020 caso não tivesse vencido agora.

No relatório é dito que o procurador “defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento”.

O relatório de Smith foi enviado esta madrugada ao Congresso pelo Departamento de Justiça, depois de a juíza Aileen Cannon ter dado luz verde à divulgação do documento.

Smith afirmou no relatório que ele e os colaboradores atuaram sempre segundo a lei e concluíram que Trump, presidente entre 2016 a 2021, levou a cabo “uma série de esforços criminosos para manter o poder” depois de ser derrotado pelo atual Presidente, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.

O procurador especial Jack Smith demitiu-se do Departamento de Justiça na sexta-feira, três dias depois de entregar o relatório ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland.

A demissão de Jack Smith não é surpreendente, uma vez que Trump tinha dito que uma das primeiras coisas que faria quando regressasse à Casa Branca seria afastar o procurador especial.

O Presidente eleito reagiu à demissão acusando Jack Smith de empreender “uma caça às bruxas com fins políticos”, que também atribuiu à justiça norte-americana.

Trump entra na Casa Branca em 20 de janeiro como o primeiro Presidente norte-americano a ser condenado num processo criminal, após ter sido condenado, sem punições, por pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem terá mantido uma relação extraconjugal.

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