Vendas da Jerónimo Martins crescem 9,3% em 2024
Dona do Pingo Doce justifica a subida com o "contínuo investimento das insígnias" e o “foco na competitividade de preço". Todas contribuíram para o crescimento do grupo.
As vendas da Jerónimo Martins, dona dos hipermercados Pingo Doce, cresceram 9,3% no ano passado, atingindo 33,5 mil milhões de euros, indicou o grupo esta terça-feira, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Este crescimento resultou do “contínuo investimento das insígnias no reforço da competitividade dos preços e da atratividade das propostas de valor”.
“Antecipámos um ano de 2024 difícil, conscientes que a queda da inflação alimentar, acompanhada por uma elevada inflação nos custos, levaria à intensificação da concorrência nos mercados em que operamos e a uma maior pressão sobre o negócio”, afirma o presidente do conselho de administração e CEO, Pedro Soares dos Santos.
“Num contexto em que o consumidor permaneceu cauteloso”, Pedro Soares dos Santos garante que “todas as nossas insígnias investiram no reforço do seu posicionamento de preço, oferecendo as melhores oportunidades de poupança, e, em simultâneo, na melhoria do seu sortido, na experiência global de compra e na expansão da sua presença nos respetivos mercados (com um total de 386 aberturas e 366 remodelações no ano)”.
O grande motor de crescimento do grupo Jerónimo Martins continua a ser a Biedronka. A insígnia polaca faturou o equivalente a 23,6 mil milhões de euros no ano passado, uma subida de 9,6% em termos homólogos, passando a pesar 70,4% no volume de negócios global da companhia. Abriu 187 novas lojas (161 adições líquidas) e remodelou 280 localizações.
No caso do Pingo Doce, as vendas cresceram 4,5%, para 5,1 mil milhões de euros em 2024, num período em que abriu dez novas localizações e encerrou três. Esta insígnia pesou 15,2% no volume de negócios o grupo.
Quanto ao Recheio, as vendas apresentaram um crescimento mais moderado de 1,9%, atingindo 1,4 mil milhões de euros. “Apesar do desempenho do canal Horeca ter refletido alguma contração no consumo interno em out-of-home, o Recheio reforçou o investimento e protegeu sua posição no mercado”, diz o grupo no comunicado enviado à CMVM. Portugal vale menos de 20% das vendas totais do grupo.
No relatório de vendas preliminares relativas ao ano passado, divulgado esta terça-feira, destaca-se ainda a subida de 17% na Colômbia, onde o grupo opera com a insígnia Ara, com as vendas a rondar os 2,9 mil milhões.
Já a “Hebe registou um bom desempenho em 2024″, totalizando vendas de 583 milhões de euros, o que representa um crescimento de 24,3% quando comparado com 2023. As vendas online representaram perto de 20% das vendas totais do ano. A Hebe registou 36 aberturas de lojas no mercado polaco (33 adições líquidas), a que acresceram, no final do ano, a abertura de duas lojas-bandeira na Eslováquia e uma outra na República Checa.
“Neste arranque de 2025, face a um ambiente que permanecerá turbulento e incerto, pelo menos na primeira metade do ano”, Pedro Soares dos Santos antecipa “que o comportamento do consumidor continue a pautar-se por prudência e contenção, e que a dinâmica concorrencial dos mercados se mantenha sob elevada pressão”,
Em dezembro, a dona do Pingo Doce anunciou que pagou uma dívida de 30 milhões ao Estado, após 12 anos a recorrer aos tribunais portugueses para impugnar a cobrança.
A Jerónimo Martins fechou os primeiros nove meses de 2024 com um resultado líquido de 440 milhões de euros, o que representa uma quebra de 21,2% face aos 558 milhões de euros reportados no período homólogo.
(Notícia atualizada às 19h04 com mais informação)
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