Regulador espanhol analisa riscos de concorrência na OPA da Bondalti
A CNMC iniciou a segunda fase da análise da OPA da química portuguesa sobre a Ercros. Diz que a operação poderá trazer riscos à concorrência nos mercados de soda cáustica e hipoclorito de sódio.
A oferta pública de aquisição (OPA) da portuguesa Bondalti sobre a química espanhola Ercros poderá criar riscos de concorrência no mercado de dois químicos, adianta o regulador do mercado espanhol. A CNMC iniciou a segunda fase de análise à concentração das duas empresas no seguimento da oferta lançada em março do ano passado.
O regulador, que aceitou avançar para a segunda fase de análise da OPA no passado mês de dezembro, considera que o setor económico afetado pela concentração das duas empresas é o fabrico de produtos básicos de química orgânica e inorgânica. Sobretudo nos mercados de cloro e seus derivados, áreas que concentram a atividade de ambas as empresas.
Mais concretamente, a análise da CNMC revela que a operação poderá trazer riscos à concorrência nos mercados de soda cáustica e hipoclorito de sódio.
A Bondalti anunciou a 5 de março de 2024 o lançamento de uma OPA sobre a totalidade do capital da Ercros por 3,6 euros por ação [preço entretanto ajustado para 3,505 euros após o pagamento do dividendo de 0,096 euros brutos], uma oferta que avaliava a espanhola em 329 milhões de euros.
Depois de uma primeira análise positiva à oferta e de ter recebido luz verde do Governo de Sánchez para avançar com a operação, a oferta da química liderada por João de Mello segue agora para uma segunda análise do regulador. Esta nova análise, mais aprofundada, pretende identificar eventuais riscos que possam surgir com a concentração das duas empresas, nomeadamente os mercados com os dois químicos agora identificados pelo regulador.
Durante esta fase, a Ercros e outros terceiros com interesse legítimo poderão apresentar alegações, podendo a Bondalti também fornecer informações adicionais. Além disso, será solicitado um relatório obrigatório às comunidades autónomas onde a concentração tenha um impacto significativo.
A resolução final aprovada pela CNMC poderá autorizar, aceitar compromissos, impor condições ou proibir esta operação de concentração.
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