Aposta nos certificados regista primeira quebra desde 2012
Famílias portuguesas tinham perto de 44,5 mil milhões de euros aplicados em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro no final do ano passado. São menos 600 milhões em relação a 2023.
A aposta das famílias portuguesas em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro registou no ano passado a primeira quebra desde 2012. Aproximadamente 44,5 mil milhões de euros estavam aplicados nestes certificados em dezembro de 2024, traduzindo uma redução de 604,9 milhões em relação ao ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
Isto acontece depois de os aforradores portugueses terem subscrito um valor líquido recorde mais de dez mil milhões de euros nestes títulos de poupança do Estado em 2023, na sequência do frenesim em torno dos Certificados de Aforro.
Embora os Certificados de Aforro tenham voltado a captar poupanças no ano passado, foi um valor residual em comparação com 2023: apenas 684,38 milhões de euros (comparando com os 14,4 mil milhões de subscrições líquidas um ano antes).
Ainda assim, não foi suficiente para compensar as saídas líquidas nos Certificados do Tesouro, cujas subscrições se encontram em terreno negativo há 38 meses. Em 2024, ‘perderam’ 1,29 mil milhões de euros.
powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.
Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.
Certificados de Aforro com valor mais alto em ano e meio
Em dezembro, as famílias aplicaram 352 milhões de euros nos Certificados de Aforro, o valor mais elevado desde julho de 2023. Tratou-se do terceiro mês seguido com subscrições positivas, depois de um ano de saídas.
O regresso do interesse nos Certificados de Aforro tem sobretudo duas razões: por um lado, o facto de os bancos estarem a cortar a remuneração dos depósitos há vários meses tornou estes títulos mais atrativos; por outro, o aumento dos limites máximos para a subscrição de certificados dos 50 mil euros para os 100 mil euros está a impulsionar a procura.
No último mês do ano passado encontravam-se aplicados um valor histórico de 34,7 mil milhões de euros nos Certificados de Aforro.
(Notícia atualizada às 12h30)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Aposta nos certificados regista primeira quebra desde 2012
{{ noCommentsLabel }}