Projetos de hidrogénio verde com “grande dificuldade” na execução
"Há uma corrida à compra de eletrolisadores no mercado europeu e mundial e portanto há aqui dificuldades a executar", justificou a ministra.
O diretor do Fundo Ambiental, Marco Rebelo, afirma que 2025 é um ano de “execução” no que diz respeito aos projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que estão sob gestão deste fundo. A taxa de execução está para já nos 17%, mas o responsável espera que “aumente significativamente” ao longo deste ano. Contudo, os projetos de hidrogénio verde estão a criar incerteza quanto à execução. “Os promotores estão a dizer-nos que há uma grande dificuldade em executar todos estes projetos“, confirma a ministra do Ambiente.
A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, assim como o diretor do Fundo Ambiental, falavam numa audição parlamentar que teve lugar esta terça-feira, na Assembleia da República.
“Temos um investimento muito grande no PRR em hidrogénio, cerca de 255 milhões, entre três avisos diferentes. Os promotores estão a dizer-nos que há uma grande dificuldade em executar todos estes projetos“, indicou a governante. Uma dificuldade justificada pela falta de equipamentos para produzir hidrogénio verde, os eletrolisadores. “Não estão disponíveis eletrolisadores para entrega no mercado. O que está acontecer em Portugal está a acontecer no resto da Europa. Há uma corrida à compra de eletrolisadores no mercado europeu e mundial e portanto há aqui dificuldades a executar”, concluiu.
A taxa de execução dos mais de 1.700 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência cuja gestão cabe, para já, ao Fundo Ambiental, é neste momento de cerca de 17%, informou Marco Rebelo, ressalvando que “não estará muito longe da taxa de execução global”.
Em relação às perspetivas, assumiu que é uma questão “mais difícil”, desde logo porque aqui cabem os investimentos em hidrogénio verde e gases renováveis, “onde a incerteza é grande”, apesar dos contratos celebrados com beneficiários. De qualquer forma, “este ano, efetivamente, teremos parte significativa da execução a acontecer”, garantiu.
A convicção de que 2025 é um ano de execução justifica-se com o dado de que “já não há muitos avisos a lançar”, e portanto os contratos feitos até ao momento estão em curso. “Esperamos que aumente significativamente a taxa de execução durante o corrente ano“, afirmou.
O Fundo Ambiental, enquadrou o respetivo diretor no início da sessão, é o intermediário de 7 das 21 componentes do PRR. Estão em causa os apoios nas áreas das florestas, eficiência hídrica, bioeconomia, eficiência energética, hidrogénio e gases renováveis, descarbonização dos transportes e a componente de reforço do programa Repower.
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