Tarifas de Trump arrastam mercados para o vermelho. Dólar valoriza mais de 1%
Trump concretizou, no fim de semana, a promessa de tarifas aos países vizinhos e à China. Esta segunda-feira, os mercados estão a reagir negativamente à decisão, que está a valorizar o dólar.
A decisão de Donald Trump de impor tarifas aduaneiras ao México, Canadá e China — e que “muito em breve” vai estender-se aos países da União Europeia — está a abalar os mercados na manhã desta segunda-feira.
Na Ásia, o principal índice da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, caiu 2,66% no fecho da primeira sessão de fevereiro. O sentimento negativo estende-se ao segundo indicador nipónico, o Topix, cujas perdas atingiram 2,45%.
Entre os piores desempenhos destacam-se os fabricantes de automóveis japoneses, visto que muitos têm fábricas de produção no México, desde sábado sujeitos a tarifas adicionais de 25% pelos EUA: as ações da Toyota caíram 5,01%, enquanto as da Honda e da Nissan desceram 7,2% e 5,63%, respetivamente.
Apesar de (ainda) ser vítima das tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, a tendência nas principais bolsas da Europa também é negativa. Na noite de domingo (madrugada em Portugal), Trump disse à estação televisiva britânica BBC que o mesmo “vai acontecer de certeza com a União Europeia”.
Os mercados, que ainda dormiam no momento dessas declarações, acordaram em sobressalto: o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 1,3%, enquanto o britânico FTSE 100 e o espanhol IBEX 35 descem 1,2% e 1,8%, respetivamente. As praças de Paris e de Frankfurt recuam 2% cada uma.
Em linha com os congéneres europeus, o PSI, principal índice da bolsa de Lisboa, também negoceia em baixa. Depois de, nos primeiros minutos após as 8 horas, estar a perder 1,14%, apresenta agora um recuo de 0,43%, nos 6.493,58 pontos.
Enquanto as bolsas estão em queda, o dólar norte-americano, por sua vez, está a valorizar em relação a um cabaz de moedas, tendo chegado a subir 1,4% antes de reduzir os ganhos para 1,3%.
Já o dólar canadiano atingiu o seu nível mais baixo desde 2003, segundo o Financial Times, enquanto o peso mexicano desvaloriza cerca de 3% e o euro cai 1,3%.
Em Wall Street, pese embora as negociações só arranquem às 14h30 (hora de Lisboa), os futuros dos principais índices norte-americanos não escapam à maré vermelha sentida na Ásia e do outro lado do Atlântico, apontando para quedas de 1,9% no S&P 500 e de 2,5% no Nasdaq, que reúne as maiores tecnológicas.
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