Fusão transatlântica nas embalagens. International Paper conclui compra da DS Smith

As empresas norte-americana e britânica, que operam na área de embalagens, papel e celulose, concluíram a fusão, que prevê a venda de uma fábrica em Portugal.

O negócio entre os norte-americanos da International Paper e os britânicos da DS Smith, no valor de 7 mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros), está oficialmente fechado. As empresas do setor das embalagens, papel e celulose concluíram esta segunda-feira o processo de fusão, que prevê a venda de ativos em Portugal.

A transação fica concluída após as aprovações regulatórias necessárias, mas ainda há trabalho a fazer, inclusive na região Aveiro. A Comissão Europeia aprovou a 24 de janeiro a compra da empresa de embalagens DS Smith pelos norte-americanos da International Paper, mas os remédios propostos por Bruxelas preveem que os próximos donos vendam a fábrica que têm em Ovar.

Em causa está uma unidade industrial comprada pela DS Smith aquando do negócio de 1,7 mil milhões de euros para ficar com a Europa, em 2018. Na altura, um dos remédios acordados com Bruxelas foi que a marca alienasse precisamente esta fábrica.

Agora, as partes comprometeram-se a avançar para a alienação de cinco fábricas da International Paper na Europa, essa em Portugal, de cartão, e as restantes na Normândia (nomeadamente, uma de caixas em Saint-Amand-Villages, em Mortagne, e uma de folhas em Cabourg) e outra, também de cartão, em Bilbau (Espanha).

O objetivo é reunir o melhor de ambas para acelerar o crescimento, melhorar a rentabilidade e dar resposta a clientes mundiais, sobretudo na América do Norte, Europa, Médio Oriente e África, a partir das operações que tem em mais de 30 países, segundo o comunicado divulgado esta manhã.

A consolidação será especialmente notória em três aspetos, segundo a Internacional Paper: experiência do cliente (serviço mais ágil e eficiente), inovação (qualidade das embalagens e análise de novas oportunidades de negócio) e sustentabilidade (o ponto mais “forte” desta empresa, que nasceu para ser uma responsável “diligente” das florestas, “guardiã” do ambiente e “força do bem” para as comunidades).

“Com um portefólio mais forte de soluções de embalagens sustentáveis, a fusão da International Paper e da DS Smith melhora as nossas ofertas, aumenta a inovação e expande o nosso alcance geográfico. Vamos reunir as capacidades e a experiência de duas equipas experientes, com culturas semelhantes, para criar o líder global em soluções de embalagens sustentáveis”, comentou o presidente e CEO da International Paper, Andy Silvernail, na mesma nota de imprensa.

Em Portugal, a DS Smith entrou em 2016 com a aquisição da Gopaca e da P&I Displays. Em 2019, reforçou a sua presença ao comprar a Europac. A divisão de “Packaging” tem seis fábricas: em Guilhabreu, Esmoriz, Águeda, Carregal do Sal, Leiria e Lisboa, bem como um centro logístico, na Madeira. A empresa possui ainda duas unidades de Reciclagem, no Porto e na Figueira da Foz, e uma unidade fabril de papel em Viana do Castelo.

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