CMVM deixa cair conta ‘low cost’ para quem investe na bolsa

Supervisor assumiu como um dos objetivos no ano passado, mas ideia vai ficar no papel para já. Ainda assim, considera que há espaço para reduzir os custos associados às contas de títulos.

Era um dos objetivos do ano passado, mas a ideia vai ficar no papel, pelo menos para já: a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não prevê avançar este ano com a criação de uma conta de títulos de serviços mínimos apesar de considerar que faz sentido e que existe espaço para reduzir os custos destas contas.

“Não está no quadro das nossas perspetivas para 2025 fazer qualquer proposta nesse sentido específico”, adiantou o presidente do supervisor, Luís Laginha de Sousa, esta segunda-feira durante a apresentação do plano estratégico da CMVM para 2025-2028.

Laginha de Sousa referiu que “o tema deve ser enquadrado num objetivo mais amplo” de aumentar os níveis de poupança dos portugueses investidos no mercado de capitais e não apenas nos tradicionais depósitos bancários.

“Os custos financeiros associados ao investimento no mercado é uma componente, mas temos de ter a noção que não é a componente que vai fazer a diferença para aumentar substancialmente. Tem um contributo positivo, mas não disruptivo”, explicou.

Ainda assim, frisou que há “espaço para pensar o papel que estas contas – porque é através das contas de títulos que as pessoas investem no mercado – podem desempenhar” na promoção do mercado de capitais e nesse contexto pode-se “pensar nos custos”.

O presidente do polícia da bolsa lembrou que os bancos e intermediários financeiros não estão impedidos de oferecerem contas com baixos custos de manutenção. E até gostaria de ver essa oferta surgir de forma voluntária, sem necessidade de qualquer regulamentação.

Até porque, afiançou Laginha de Sousa, quando foram abordados sobre o tema, “não houve ninguém a obstaculizar a que isso [contas de títulos de custos e serviços mínimos] acontecesse”.

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