Organismos do Estado compraram mais de 15 mil milhões de euros em dívida pública no final do ano

Os serviços públicos aplicaram 15.819 milhões de euros em certificados de dívida pública nos últimos dias de dezembro. Uma prática criticada pelo atual ministro das Finanças quando estava na oposição.

Nos últimos dias de dezembro, as entidades do setor público administrativo e as empresas públicas voltaram a aplicar os seus excedentes de tesouraria na subscrição de Certificados Especiais de Dívida Pública de Curto Prazo (CEDIC). O montante investido nestes instrumentos de dívida pública, com maturidade máxima de um ano, foi de 15.819 milhões de euros, o que fez disparar o volume total de subscrições para 24.059 milhões de euros no final de 2024, noticia o jornal Público (acesso pago).

Esta prática ocorre desde 2021 — e foi criticada pelo atual ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, quando estava na oposição — para que os organismos do Estado retirem o respetivo rendimento em juros e, ao mesmo tempo, ajudem a reduzir as necessidades de financiamento do Estado. Além disso, pode dar um contributo para a redução do rácio de dívida pública atingido pelo país no final de cada anoem 2024 caiu para 95,3%, abaixo da previsão do Governo.

Ao longo dos últimos anos, o total de aplicações feitas pelas entidades públicas em CEDIC tem-se mantido estável, normalmente entre os 7.000 e os 10.000 milhões de euros. Mas, desde 2021, o final de cada ano tem registado picos de muito curta duração, com os serviços públicos a cumprirem um despacho do Ministério das Finanças que os obriga, primeiro, a transferir os seus excedentes de tesouraria para estes títulos de dívida nos últimos dias de dezembro e, depois, a mantê-los, pelo menos, durante os primeiros dias do ano seguinte.

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