Super Bock Group investe mais de 80 milhões para atingir neutralidade carbónica até 2030
O grupo cervejeiro vai criar cinco unidades de produção para autoconsumo e comunidades de energia e prevê atingir neutralidade carbónica nas suas fábricas até 2030.
O Super Bocks Group vai investir 80 milhões de euros, ao longo desta década, na descarbonização do grupo, implementando um conjunto de medidas que inclui a modernização de infraestruturas e a criação de cinco unidades de produção para autoconsumo e comunidades de energia. O objetivo da empresa com sede em Leça do Balio é atingir a neutralidade carbónica direta em todas as suas fábricas em 2030.
O investimento foi anunciado esta tarde pelo CEO da empresa, Rui Lopes Ferreira, num evento que contou com a presença do ministro da Economia, Pedro Reis, do Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, do CEO da Greenvolt, João Manso Neto, e do Presidente do Conselho de Administração do Super Bock Group, Manuel Violas. “O nosso roteiro da descarbonização vai permitir alcançar a neutralidade carbónica em todas as unidades até 2030“, adiantou Rui Lopes Ferreira.
“Este é um plano de investimentos claro e muito bem sustentado, que continua a mostrar o nosso compromisso com a sustentabilidade e foi definido após uma rigorosa avaliação da pegada de carbono e hídrica do Grupo. Por isso, priorizamos projetos pluridimensionais que seguem a hierarquia de mitigação”, destacou o líder do grupo de bebidas.
Segundo adiantou o mesmo responsável, além dos esforços para atingir emissões neutras em 2030, a empresa também pretende “intervir no chamado scope 3”, ou seja, reduzir a generalidade das emissões na cadeia de valor.
As emissões indiretas representam cerca de 90% das 450 mil toneladas de CO2 emitidas pelo grupo. “É um maior desafio porque trabalhar nas emissões indiretas exige trabalho com parceiros, fornecedores, clientes”, explicou o CEO do grupo.
Para atingir os seus objetivos, o Super Bock Group está a apostar no uso de energias renováveis, nomeadamente através da instalação de caldeiras de biomassa e painéis solares fotovoltaicos em cinco unidades, que vão produzir energia para autoconsumo e criar comunidades de energia, em parceria com o Grupo Greenvolt.
O plano de descarbonização, que conta com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevê a implementação de painéis solares nas unidades de Matosinhos, Santarém e nos Centros de Produção de águas minerais naturais em Pedras Salgadas, Castelo de Vide e Ladeira de Envendos, em parceria com a Greenvolt.
A par disto, o grupo está ainda a substituir o gás natural como fonte de energia e a reduzir resíduos, assim como apostar na automação, na digitalização e investimentos no contexto fabril – smart plant – e no investimento em tecnologia.
Estão ainda previstos dois projetos locais de restauro ecológico e reflorestação, em terrenos contíguos ao Pedras Salgadas Spa & Nature Park e à sua fábrica de cerveja em Leça do Balio (Quinta da Sabina), que, segundo o grupo, vão contribuir para compensar o consumo de água e as emissões de carbono.
Para o CEO do grupo, este investimento mostra que a Super Bock quer “ser a maior empresa de bebidas em Portugal que tem ambição de levar as suas marcas ao mundo de forma sustentada”.
Manuel Violas, chairman do grupo, realçou que este é um “projeto de futuro que demonstra o pioneirismo” que marca a história da empresa, que está prestes a completar 135 anos e que é líder no mercado de bebidas em Portugal.
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