Governo aprova verba para expansão do Museu Nacional de Arte Antiga

  • Lusa
  • 16:05

Leitão Amaro lembra que o MNAA “não tinha obras sérias desde 1940” e “só consegue, dada a limitação de espaço, expor 5% da sua coleção de cerca de 50 mil peças”.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, verbas para expansão do Museu Nacional da Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, anunciou o ministro da Presidência.

António Leitão Amaro lembrou, em conferência de imprensa, que o MNAA “não tinha obras sérias desde 1940”, e que “só consegue, dada a limitação de espaço, expor 5% da sua coleção de cerca de 50 mil peças”.

Para a expansão do museu é preciso adquirir três imóveis, situados também na zona das Janelas Verdes, “coisa que é viabilizada com esta aprovação”.

Em janeiro do ano passado foi aprovada em Conselho de Ministros uma despesa de 10 milhões de euros para a aquisição de três edifícios para o projeto de ampliação do museu. O anúncio foi feito pelo então primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Cultura da altura, Pedro Adão e Silva.

O atual diretor do MNAA, Joaquim Caetano, disse à Lusa, meio ano mais tarde, em junho de 2024, que os três edifícios anunciados em janeiro já tinham sido adquiridos pela empresa de capitais públicos Estamo – Participações Imobiliárias. “É uma necessidade sentida e expressa há mais de 60 anos pelos sucessivos diretores do museu”, recordou na altura o responsável.

Para o prosseguimento do projeto “tem de haver um plano prévio do museu, um plano de arquitetura e um concurso para as obras, que terão de ser internacionais porque será uma obra grande”, referiu Joaquim Caetano. “Nós já temos um estudo de volumetria e de ocupação global dos espaços, mas só com os projetistas é que se trabalhará no acerto concreto da museografia”, acrescentou.

A necessidade deste projeto está definida há mais de 60 anos, quando já o historiador de arte e especialista em pintura portuguesa João Couto, diretor do MNAA de 1937 a 1962, dizia que o museu precisava de se expandir para expor as coleções.

A concretização do projeto deverá permitir a expansão da área expositiva e das reservas do museu que alberga tesouros como os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, e a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por Manuel I e datada de 1506.

Os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença de portugueses no Japão, e o tríptico “As Tentações de Santo Antão”, de Hieronymus Bosch, são outras peças relevantes do acervo do MNAA.

Criado em 1884, o MNAA detém a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como “tesouros nacionais”, assim como a maior coleção de mobiliário português.

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