Metro do Porto compra mais 22 veículos à chinesa CRRC por 69,5 milhões para a nova linha Rubi
Os novos veículos capacidade para 244 clientes chegarão "antes da entrada em operação" da Linha Rubi, atualmente em construção entre Casa da Música (Porto) e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia).
A Metro do Porto adjudicou à chinesa CRRC Tangshan o fornecimento de 22 novos veículos, destinados à futura Linha Rubi (H), que deverão chegar até ao final de 2026, anunciou esta sexta-feira a empresa.
“A Metro do Porto acaba de adjudicar 22 novos veículos à CRRC Tangshan, num investimento de 69,5 milhões de euros financiado pelo Sustentável 2030 e pelo Fundo Ambiental”, pode ler-se num comunicado enviado à Lusa.
De acordo com a transportadora, “as novas composições vão começar a chegar ao Porto no final de 2026, antes da entrada em operação comercial da Linha Rubi, à qual estão prioritariamente destinados”.
“Atualmente com 120 veículos, a frota do Metro do Porto vai ser alargada com estas 22 novas unidades (no concurso é admitida a possibilidade de ser acionada uma opção para mais 10) produzidas pela CRRC Tanghan – o maior fabricante ferroviário do mundo”, refere a empresa.
Cada unidade terá capacidade para transportar 244 clientes, 64 dos quais em lugares sentados, tendo os veículos sete portas de cada lado.
Segundo a Metro do Porto, os novos veículos chegarão “antes da entrada em operação” da Linha Rubi, atualmente em construção entre Casa da Música (Porto) e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia).
A empresa chinesa já tinha sido responsável pelo desenvolvimento dos 18 veículos mais recentes da Metro do Porto, os cinzentos CT (CRRC Tram) em circulação desde 2023, mantendo os novos a mesma cor, mas com um design atualizado.
“O design destes novos veículos foi trabalhado numa parceria entre a CRRC e a empresa portuguesa AlmaDesign e caracteriza-se por uma estética moderna, atraente e funcional. Será agora alvo do normal trabalho de desenvolvimento com a Metro do Porto, para se obter o desenho final a ser aprovado para produção”, refere a Metro do Porto.
Segundo a empresa liderada por Tiago Braga, “os veículos apresentarão uma moderna construção em alumínio e estruturas de deformação com resistência ao impacto, no sentido de salvaguardar a segurança operacional”, incluindo “os mais modernos sistemas técnicos de apoio à exploração, incorporando iluminação LED, sistemas de informação dinâmicos de ajuda à viagem, câmaras de vigilância e amortecedores dianteiros”.
“Os veículos incorporarão ainda sistemas anticolisão e de deteção de obstáculos, bem como de deteção de incêndios, aumentando de forma considerável a segurança operacional dos mesmos”, refere.
Financiados pelo programa Sustentável 2030 e pelo Fundo Ambiental, os 22 novos CT do Metro do Porto começarão a ser entregues ano e meio após a o início da vigência do contrato (o que sucederá após a aprovação do mesmo pelo Tribunal de Contas)”, ou seja, “chegarão ao Porto a partir do segundo semestre de 2026, ao ritmo de três unidades por mês”.
Em setembro, a Metro do Porto tinha lançado um concurso público de 72,6 milhões de euros para adquirir 22 novos veículos, mais 10 de opção. O procedimento tinha um valor base de 72,6 milhões de euros, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.
No concurso estava previsto o fornecimento e a manutenção de 18 dos 22 veículos com CBTC (‘Communication Based Train Control’, ou Controlo de Comboio com Base em Comunicações, em português), o que possibilitará, eventualmente, a condução dos veículos de forma automática.
A Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) está a ser construída com CBTC, sistema que pode vir a permitir a condução sem recurso a maquinista naquele troço.
Além dos 18 veículos CT, a Metro do Porto conta ainda com 72 veículos Eurotram e 30 Flexity Swift.
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