“Promiscuidade entre poder político e económico”. PCP já entregou moção de censura
O PCP entregou no domingo a prometida moção de censura contra o Governo, que acusa de ser "o principal e primeiro problema" do país. O texto deverá ser debatido no final da semana.
Como prometido após as declarações do primeiro-ministro no sábado, o PCP entregou uma moção de censura ao Governo, que deverá ser debatida no final desta semana. Num texto com o título “Travar a degradação da situação nacional, por uma política alternativa de progresso e desenvolvimento”, os comunistas acusam o Executivo liderado por Luís Montenegro de ser “o principal e primeiro problema” do país.
“O desenvolvimento da ação do Governo e a sucessão de factos que se acumulam envolvendo membros do Governo e o próprio primeiro-ministro – sem novos elementos que dissipem ou sanem factos que continuam por esclarecer – não são obra do acaso“, critica o partido liderado por Paulo Raimundo, apontando que “as opções políticas prosseguidas e o Governo que as concretiza merecem e requerem uma clara censura”.
No documento, entregue no Parlamento no domingo, o PCP escreve ainda que os casos que envolvem o líder e outros membros do Governo “traduzem e dão expressão a uma mistura entre exercício de funções públicas e interesses particulares, e à promiscuidade entre poder político e económico”.
O Regimento da Assembleia da República dita que o debate de uma moção de censura se inicia “no terceiro dia parlamentar subsequente à apresentação da moção de censura”, o que significa que, devido à tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, deverá realizar-se na quinta ou na sexta-feira).
Contudo, é quase certo que a iniciativa do PCP seja chumbada, visto que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, anunciou que a bancada socialista vai votar contra, tal como os partidos do Governo, PSD e CDS.
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