Exportações de mobiliário voltam a superar dois mil milhões de euros

França é o principal mercado da fileira casa com uma quota de 32%, mas foi a Suíça que mais se destacou com um aumento expressivo nas exportações.

As exportações portuguesas de mobiliário caíram 4%, mas voltaram a superar os 2,1 mil milhões de euros em 2024, alçando este marco pela segunda vez consecutiva, acordo com dados da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA).

No topo da lista de melhores destinos para o mobiliário português — cluster que inclui indústrias como o mobiliário, a colchoaria, os têxteis-lar, a cutelaria, a cerâmica, a iluminação e a tapeçaria — estão França (com uma quota de 32%), Espanha (26%) e Alemanha (7%). As vendas para os EUA e Reino Unido estão a ganhar terreno ao representarem 6% e 5%, respetivamente, das exportações desta fileira em 2023.

No entanto, um dos principais destaques do ano foi o mercado suíço, que registou um aumento de 21,95% nas exportações em comparação com o período homólogo, enquanto os Países Baixos apresentaram uma ligeira melhoria de 2%.

Apesar dos indicadores, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins destaca que “ao longo de um desafiante ano de 2024, a fileira traçou um comportamento desigual nos principais mercados internacionais, com uma evolução global inferior em 4% ao ano anterior, refletindo sobretudo a desaceleração da inflação”.

Apesar de o mobiliário ter superado pela segunda vez a fasquia dos dois mil milhões em exportações no ano passado, o cluster está preocupado com a conjuntura nacional e internacional.

A inflação, os constrangimentos na cadeia logística internacional e uma desaceleração generalizada do consumo impactaram significativamente as operações das nossas empresas.

Joaquim Carneiro

Presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins

O ano de 2024 confirmou as nossas expectativas de enorme instabilidade e imprevisibilidade”, afirma o presidente da APIMA. “A inflação, os constrangimentos na cadeia logística internacional e uma desaceleração generalizada do consumo impactaram significativamente as operações das nossas empresas”, refere Joaquim Carneiro, citado em comunicado.

O líder da associação concluiu que a “promoção internacional ancorada nas feiras, com particular destaque para mercados emergentes, foi fundamental para conseguirmos alavancar novas oportunidades”.

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