Taxas de juro, economia nacional e global. ASF divulga principais riscos para os seguros
O regulador concluiu que nos próximos 6 meses as seguradoras preveem agravamento dos riscos geopolíticos, dos cibernéticos, dos associados à economia e os associados à carteira de investimentos.
As seguradoras consideram que os principais riscos individuais para o setor são aqueles relacionados com o ambiente macroeconómico nacional e internacional, os de subscrição, os geopolíticos e o risco de taxa de juro.
Quanto às categorias de riscos específicos dos ramos Vida e Não Vida destaca-se o risco relacionado com a evolução da produção. No primeiro semestre de 2024 face ao anterior “no negócio Vida, assistiu-se ao desagravamento do nível de risco associado aos riscos biométricos e de resgates, enquanto, nos ramos reais, verificou-se a agudização do risco referente a eventos catastróficos e a diminuição da severidade do risco relacionado com a adequação das políticas de subscrição e tarifação”, indica a ASF.
Estes dados contam no Riskoutlook 2025. O estudo compila as respostas das entidades supervisionadas pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) quanto à avaliação destas quanto aos riscos globais. Foram recolhidas as respostas ao questionário entre julho e agosto de 2024 com referência ao final do primeiro semestre.
Indo além dos tipos de risco individuais e focando-se na tipologia dos riscos as empresas de seguro apontam para os riscos macroeconómicos e os específicos dos ramos Não Vida como tendo o maior impacto atual no setor segurador. As seguradoras acreditam que estes riscos agravaram-se face ao semestre anterior havendo agora a “necessidade de reforço das medidas existentes” para os colmatar.
Os riscos de crédito e de mercado revelaram a maior queda quanto à perceção de risco face ao semestre anterior.
Já a ASF tem uma perceção diferente dos seguradores quanto aos principais riscos para o setor. O regulador classifica como médio-alto os riscos de os riscos de mercado, específicos do ramo Vida, específicos dos ramos Não Vida, de crédito e macroeconómicos.
Riscos geopolíticos, cibernéticos e económicos em destaque nos próximos meses
As empresas de seguro preveem um agravamento dos riscos geopolíticos, dos riscos cibernéticos, dos riscos associados ao ambiente macroeconómico internacional e nacional e dos riscos associados à carteira de investimentos nos próximos 6 meses.
No ramo Vida e nos ramos Não Vida, prevê-se um aumento dos riscos emergentes e do risco associado à evolução da produção.
Importa referir que acontecimentos relevantes que ocorreram após agosto do ano passado (como a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA) podem resultar em alterações nas perceções de risco apenas nas próximas edições deste estudo.
Seguradoras com escolhas mais sustentáveis
As seguradoras deram em 2024 mais peso do impacto das finanças sustentáveis e alterações climáticas para a sua cadeia de valor do negócio. A classificação subiu de baixa para média.
Ao mesmo tempo, as empresas têm assumido maior sensibilidade na carteira de investimentos e das responsabilidades de seguros assumidas nestas temáticas face a 2023. A avaliação passou do patamar médio para baixo.
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