Juros da casa registam maior queda desde 2009
Taxa de juro implícita no crédito à habitação está a cair há 13 meses seguidos. Em fevereiro acelerou a queda, baixando 15,4 pontos base. É a maior descida desde setembro de 2009, há mais de 15 anos.
Os juros da casa estão a cair há 13 meses seguidos. Em fevereiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação acelerou a queda e registou a maior descida desde 2009, há mais de 15 anos.
A taxa dos empréstimos da casa caiu para 3,83% no mês passado, recuando 15,4 pontos base em relação a janeiro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
Trata-se da descida mais pronunciada desde setembro de 2009, quando caiu 17,5 pontos base, numa altura em que a crise financeira global pressionava o mercado.
Juros da casa caem há 13 meses
Fonte: INE
Por outro lado, a taxa que as famílias pagam ao banco pelo crédito da casa baixou no mês passado para o valor mais baixo desde julho de 2023. Neste período de mais de um ano em queda, a taxa implícita dos contratos de empréstimo à habitação já baixou 82,7 pontos base, depois de ter atingido o pico nos 4,657% em janeiro do ano passado.
Esta evolução reflete sobretudo a descida das taxas Euribor, que são usadas com indexante na maioria dos contratos de crédito da casa em Portugal. Estas taxas estão em queda há vários meses por conta do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que desde o verão passado já baixou as taxas oficiais da Zona Euro por seis ocasiões, num total de 1,5 pontos percentuais.
Para as famílias este cenário tem-se traduzido numa redução da prestação mensal que pagam ao banco. Segundo o INE, a prestação média situou-se nos 400 euros em fevereiro, menos um euro em relação ao mês anterior e menos três euros em comparação com fevereiro do ano passado.
Destes 400 euros, 220 euros corresponderam a juros pagos (55%) e outros 180 euros a capital amortizado. O capital médio em dívida ao banco subiu 560 euros para 69.512 euros em termos médios.
No que toca aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa implícita fixou-se nos 3,2% em fevereiro, subindo 3,1 pontos base face a janeiro, voltando a aumentar 16 meses depois. Nos contratos celebrados nos últimos seis e 12 meses, a taxa média caiu.
(Notícia atualizada às 11h28)
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