Incêndios: Reconstrução das primeiras 162 casas custa sete milhões
Vão ser reconstruídas casas em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Sertã, Pampilhosa da Serra, Penela e Góis. As obras arrancam esta quarta-feira.
A reconstrução das primeiras 162 habitações de residência principal afetadas pelos incêndios que deflagraram em junho na região Centro ascende a sete milhões de euros, anunciou, esta quarta-feira, município de Castanheira de Pera.
Segundo a autarquia, a Comissão Técnica do Fundo Revita, reunida na terça-feira naquele concelho do distrito de Leiria, deliberou avançar com a reconstrução de 94 casas em Pedrógão Grande, 37 em Castanheira de Pera, 24 em Figueiró dos Vinhos, 10 na Sertã, oito em Pampilhosa da Serra, quatro em Penela e uma em Góis. As obras, que totalizam 7,123 milhões de euros, iniciam-se esta quarta-feira nos edifícios cujas intervenções já foram adjudicadas.
“A União das Misericórdias Portuguesas, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Cáritas Diocesana de Coimbra, por decisão da Cáritas Portuguesa, vão encarregar-se da grande maioria destes trabalhos de reabilitação e reconstrução”, refere o comunicado do município de Castanheira de Pera. A União das Misericórdias assume o pagamento de 94 habitações, no montante de 3,16 milhões de euros, e a Cáritas Diocesana pagará a reconstrução de 51 casas, no valor de 3,22 milhões.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoia a recuperação de 10 imóveis, num total de 359 mil euros, e os donativos de empresas e grupos de cidadãos financiam a reabilitação de cinco habitações, no montante de 378 mil euros. Fica a faltar a recuperação de mais uma centena de habitações em Pedrógão Grande, que foi o concelho mais afetado (o número total deverá ser conhecido ainda esta semana), e 36 em Castanheira de Pera.
O financiamento destas obras será da responsabilidade do Fundo Revita, criado pelo Governo para gerir os donativos de empresas e cidadãos portugueses para estes fogos.
Os incêndios que deflagraram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, que resultaram na morte de 64 pessoas, terão afetado cerca de 500 imóveis, dos quais mais de 200 eram casas de primeira habitação. Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
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