Santander oferece curso da LSE a 50 mulheres em cargos de liderança
Meia centena de mulheres em cargos de liderança vão ter acesso a curso lecionado pela London School of Economics, no âmbito do programa W50 do Santander.
O Santander Portugal anunciou, esta sexta-feira, as 50 mulheres em cargos de liderança vencedoras da edição deste ano do W50, programa de liderança feminino que dá acesso, nomeadamente, a um curso lecionado pela London School of Economics and Political Science. No evento de apresentação das mulheres premiadas, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, frisou a importância da capacitação e da diversidade nas equipas de topo.

Com quase década e meia de existência, o W50 é composto por cinco fases. Primeiro, as candidaturas, que decorreram até 7 de janeiro, segundo a nota enviada no final do ano às redações.
Depois, a seleção de 50 líderes mulheres nos 11 países onde o Santander está presente (além de Portugal, Espanha, Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, México, Polónia, Reino Unido, Uruguai e Estados Unidos). Os 50 nomes destacados em Portugal foram anunciados esta sexta-feira, num evento em Lisboa (foto acima).
Estas 50 mulheres terão agora acesso a um curso online certificado sobre liderança feminina, que será lecionado pela London School of Economics and Political Science (LSE). Além disso, terão a oportunidade de participar num evento com as vencedoras dos outros países.
Já na quarta fase, as 550 selecionadas dos 11 países vão competir na edição global do programa. Destas, 50 serão, por fim, escolhidas e terão a oportunidade de frequentar um curso presencial em Londres também lecionado pela LSE. Além das propinas, também o alojamento é financiado pelo banco.
“Este curso irá ajudar as participantes a aperfeiçoar o seu estilo de liderança e oferecerá uma visão exclusiva das técnicas de liderança global. Terão também acesso a conferências de grande impacto e a sessões de coaching individuais e em grupo, para partilharem experiências e reforçarem a sua rede internacional”, explicava o Santander no referido comunicado.
Já no evento desta sexta-feira, o CEO do Santander Portugal fez questão de notar que esta é a 15.ª edição do W50, mas esta foi a primeira vez que lhe coube fechar a sessão. Fê-lo a pedido de Ana Botín, presidenta executiva do grupo Santander, explicou, frisando que os temas da diversidade e inclusão lhe são particularmente caros.
Na sua intervenção, Pedro Castro e Almeida disse também ser favorável a quotas, no sentido de reforçar a participação feminina nos lugares de topo, apesar de este ser, reconheceu, um assunto polémico.
Sobre o W50, sublinhou que é um incentivo à formação contínua e a que elas, através da capacitação, cheguem mais rapidamente a lugares de liderança.
Nunca se comparem, e não deixem que vos comparem. A única comparação possível é ir comigo própria. A outra comparação não tem interesse nenhum.
A propósito, num painel composto por Mariana Branquinho da Fonseca, da Korn Ferry Portugal, Laurinda Alves, professora e autora, e Paula Perfeito, presidente da PWN Portugal, a primeira assinalou que a formação permite às pessoas saírem “do casulo das funções do dia a dia e abrir a cabeça”.
“E isso é fundamental”, afirmou a Mariana Branquinho da Fonseca, que defendeu que a aposta nas ações formativas tem de ser parte do plano das mulheres para progredirem na carreira.
Já Laurinda Alves deixou a seguinte mensagem: “Nunca se comparem, e não deixem que vos comparem. A única comparação possível é ir comigo própria. A outra comparação não tem interesse nenhum. O verbo comparar é proibido. Comparem mesas, mas nunca pessoas“.
Por sua vez, Paula Perfeito argumentou que as empresas têm de ter um pipeline de talentos nas suas várias unidades, para quando surgirem oportunidades. E alertou que é preciso dar uma chance aos novos talentos, em vez de apostar sempre nos mesmos. “Temos de ir à luta de forma determinada”, apelou ainda a presidente da PWN Portugal, perante a plateia composta pelas 50 mulheres líderes selecionadas pelo Santander.
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