A necessidade de proteção não se esgota no seguro de vida do crédito de habitação

  • Gonçalo Castro Pereira
  • 9 Abril 2025

Gonçalo Castro Pereira, Vice-presidente da seguradora GamaLife, é natural apologista da proteção do futuro das famílias em caso de tragédia e demonstra que os seguros de vida podem ser baratos.

Os seguros de proteção ao crédito à habitação visam garantir que o empréstimo é liquidado, isto é, que o banco recebe o seu dinheiro e que a casa pertence à família da/s pessoa/s seguradas. Estes seguros não garantem nada mais do que isto, e a esmagadora maioria dos portugueses ainda não tem perceção que há ‘vida’ para além dos créditos bancários. Por isso, temos de nos questionar: Será que estamos realmente protegidos apenas com um seguro de vida do crédito à habitação?

Se uma pessoa deixar de contribuir para o rendimento familiar, por exemplo na eventualidade de morte, há uma enorme quantidade de necessidades que ficam em risco. Desde as coisas mais básicas e elementares, como alimentação e outras despesas correntes do dia a dia, até às mais importantes para o futuro dos membros mais jovens do agregado familiar.

E em Portugal, de acordo com dados do Pordata, anualmente morrem quase seis mil pessoas entre 30 e 54 anos. Uma parte significativa destas pessoas é casada ou vive em união de facto e tem dependentes. Ou seja, a sua morte pode deixar as famílias desprotegidas financeiramente na ausência de um seguro de vida adequado, que poderia proporcionar a segurança financeira necessária para enfrentar momentos difíceis, garantindo que as ambições e projetos de vida não são interrompidos. Investir num seguro de vida é, portanto, garantir a tranquilidade e o futuro da sua família, com a certeza de que estes não ficam desprotegidos.

A título de exemplo, a educação dos filhos é uma necessidade que o seguro de proteção ao crédito hipotecário não cobre. Num cenário em que um dos elementos do casal morre, o seguro vida do crédito habitação está lá para ‘salvar’ a casa da família, mas todas as outras prestações têm de continuar a ser pagas, sem qualquer tipo de auxílio. Esta situação inesperada, para as quais as pessoas não estavam preparadas, pode obrigar a uma venda ‘apressada’ do imóvel, mesmo perdendo valor, de forma a fazer face a despesas correntes como as da educação, refletindo-se em decisões financeiras precipitadas e potencialmente prejudiciais a longo prazo.

Assim, a forma mais adequada de estar protegido é contratar um seguro de vida risco que garanta algo tão simples como um ou dois anos de salário. Um seguro deste tipo dá o tempo necessário para adaptar o estilo de vida aos novos rendimentos do agregado familiar, proporcionando uma almofada financeira. Este “paraquedas” permitirá encarar uma situação adversa com o mínimo de serenidade financeira, fornecendo tempo suficiente para trocar para uma casa mais ajustada aos rendimentos sem sofrer uma perda financeira. Além disso, fará com que as formações académicas dos mais jovens não tenham nenhum interregno, não perdendo qualidade devido à redução repentina do rendimento mensal.

Além de garantir a continuidade da educação dos filhos, um seguro adequado ajuda a manter o nível de vida da família, minimizando o impacto financeiro de uma perda. A morte de um membro do agregado familiar causa um transtorno emocional significativo, e enfrentar dificuldades financeiras adicionais pode agravar ainda mais essa situação.

Ilustrando a acessibilidade e os benefícios de um seguro vida, consideremos o caso de uma pessoa de 41 anos com um salário de dois mil euros. Ao subscrever um seguro de vida como o Segura Plus, esta pessoa pode garantir 18 meses de salário, isto é, 36 mil euros, por um valor de 25,54 euros por mês.

Ou seja, com valores relativamente baixos, é possível ter uma rede de segurança que permite às famílias lidarem com o luto sem o peso das preocupações financeiras imediatas. E esta é a verdadeira importância de se subscrever seguros de vida que vão além da simples proteção do crédito à habitação.

  • Gonçalo Castro Pereira
  • Vice-presidente da GamaLife

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