Bruxelas propõe tarifas de 25% sobre produtos importados dos EUA a partir de 16 de maio
A Comissão Europeia retira o bourbon, vinho e laticínios da lista de produtos importados dos EUA sujeitos a tarifas como resposta à política comercial dos EUA.
A Comissão Europeia propõe que um conjunto de produtos importados dos EUA tenham taxas alfandegárias de 25% a partir de 16 de maio, em resposta às tarifas apresentadas pelo presidente norte-americano do aço e alumínio, avança a agência Reuters com base num documento a que teve acesso. Para outros produtos, Bruxelas atira as contra-tarifas para o fim do ano, a partir de 1 de dezembro.
O executivo, liderado por Ursula von der Leyen, sugere direitos aduaneiros de 25% sobre o aço importado dos EUA e retira o bourbon, o vinho e os laticínios da lista original de produtos, sujeitos a retaliação, que tinha apresentado em março. A agência Reuters refere que a lista inclui agora produtos dos EUA variados, como diamantes, salsichas, nozes ou soja.
Durante a tarde, Bruxelas já tinha proposto aos EUA tarifas zero para os bens industriais. “Este é um grande ponto de viragem para os EUA. No entanto, estamos prontos para negociar com os EUA. De facto, oferecemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais. Porque a Europa está sempre pronta para um bom acordo”, disse von de Leyen durante uma conferência de imprensa.
A presidente da instituição adiantou ainda que a Comissão irá criar uma “task-force de vigilância da importação” e garante que irá trabalhar com a indústria no desenho das medidas a aplicar. “Manteremos contacto próximo para trabalhar juntos e minimizar os efeitos um sobre os outros”, realçou.
Segundo as contas do comissário europeu para o comércio, Maros Sefcovic, as contra-tarifas vão ter um impacto menor que o inicialmente previsto de cerca de 26 mil milhões de euros.
No passado sábado, dia 5, as taxas aduaneiras mínimas adicionais de 10% sobre todas as importações norte-americanas entraram em vigor, estando previsto que as sobretaxas para países que o presidente norte-americano considera particularmente hostis ao comércio, como por exemplo a União Europeia (20%) e a China (34%), se apliquem a partir desta quarta-feira.
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