Wall Street modera perdas. Nasdaq escapa ao vermelho

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Numa sessão muito volátil, S&P 500 e Dow Jones fecharam no vermelho ainda que com perdas mais suaves que nas duas sessões anteriores. Já o Nasdaq encerrou acima da linha de água.

Wall Street fechou esta segunda-feira sem rumo, num dia em que os mercados em todo o mundo registaram perdas, com os investidores apreensivos sobre o impacto das tarifas comerciais na economia, nomeadamente com o risco de uma recessão.

O S&P perdeu 0,23%, para os 5.062,25 pontos, e o industrial Dow Jones cedeu 0,91%, para os 37.965,6 pontos. Já o Nasdaq ganhou 0,10%, para os 15.603,26 pontos. Entre as grandes tecnológicas, a Amazon terminou a ganhar 2,49%, a Meta também (2,28%), a Alphabet (dona do Google) e a Nvidia recuperaram 1,02% e 3,53%. Já Microsoft e Tesla perderam 0,55% e 2,56%, respetivamente. A Apple continuou a cair, desta vez 3,67%.

No arranque da sessão, os três principais índices dos EUA atingiram os níveis mais baixos em mais de um ano e o índice de volatilidade VIX ultrapassou 60 pontos, o nível mais alto desde agosto de 2024. Durante a tarde, o índice de volatilidade, visto como o índice que mede o medo de Wall Street, situava-se em 46,35 pontos.

A sessão ficou ainda marcada pelos rumores que começaram a circular nos meios internacionais de que Donald Trump estaria a considerar uma pausa de 90 dias na imposição das tarifas, exceto as que incidem sobre as importações com origem na China. A origem da informação era atribuída a Kevin Hassett, conselheiro económico da Casa Branca, levando um dos principais índices a recuperar das quedas.

Contudo, a Casa Branca desmentiu a informação, assegurando tratar-se de “fake news“, levando os índices a oscilarem entre fortes ganhos e fortes perdas.

Pouco tempo depois, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou nas redes sociais que irá aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre a China se Pequim não voltar atrás na retaliação anunciada na semana passada, agitando novamente o mercado.

Entre os investidores a expectativa de uma recessão vai agudizando-se. O Goldman Sachs subiu a probabilidade de recessão nos Estados Unidos para 45%, o presidente executivo do banco JPMorgan, Jamie Dimon, alertou que a política comercial de Trump está a levar o “ambiente geopolítico e económico” para o “mais perigoso e complicado desde a Segunda Guerra Mundial” e o CEO da BlackRock, Larry Fink, considerou que os mercados podem cair 20%.

“A maioria dos CEOs com quem converso diria que provavelmente já estamos em recessão”, disse Fink numa intervenção numa conferência, citado pela Reuters.

Os preços do petróleo caíram 2% para o nível mais baixo em quase quatro anos, devido às preocupações de que as últimas tarifas comerciais do presidente dos EUA podem reduzir a procura global por energia.

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