Portugal acolhe acelerador internacional para promover envelhecimento saudável
Portugal é um dos seis países que vai acolher o acelerador da London School of Economics. Quer apoiar até 20 startups a desenvolver soluções que promovam o envelhecimento saudável.
Portugal é um dos seis países que vai acolher o Long Life Venture Builder, o novo programa da London School of Economics (LSE) para acelerar startups a nova geração de startups focadas no envelhecimento saudável. As candidaturas arrancam em agosto.
“Os três grandes desafios que enfrentamos enquanto sociedade são: alterações climáticas, democracia e demografia (longevidade). Por isso, decidimos optar para já por um dos três”, diz Inês Sequeira, head of global partnerships do Long Life Venture Builder, ao ECO.
Esta iniciativa, “a primeira do género”, agrega um conjunto de várias instituições académicas, laboratórios de inovação, investidores de impacto, como a Stanford University Transformative Times, a Ashoka Foundation, a Zumba! e, em Portugal, a Católica Lisbon School of Business & Economics.
“Trabalho com a LSE e quando começamos a criar o projeto não me fez sentido que Portugal não estivesse incluído. Além de que, até 2050, Portugal é um dos três países com população mais envelhecida do mundo”, justifica Inês Sequeira, quando questionada sobre o envolvimento de Portugal no projeto.
Uma aposta no envelhecimento saudável tem impactos na economia. O FMI estima que o envelhecimento saudável adicione cerca de 0,4 pontos percentuais (p.p.) ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em média, entre 2025 e 2050, segundo o World Economic Outlook, conhecido em abril.
No que consiste o programa
Focado em saúde mental, saúde cognitiva, cuidados de saúde proporcionados através da tecnologia e infraestrutura intergeracional, o Long Life Venture Builder arranca em seis países — além de Portugal, Brasil, Reino Unido, Espanha, Filipinas e Estados Unidos — com o objetivo de apoiar 10 a 20 projetos de elevado potencial por ano.
As startups participantes no programa terão acesso a mentoria de especialistas globais em saúde, IA, design e inovação social, bem como apoio prático, através de reuniões presenciais, workshops e dias de demonstração, assim como apoio financeiro.
“Parte substancial [do programa] é financiado pela Global School of Sustainability da LSE e pretendemos arranjar empresas corporate que sejam sponsors em cada país”, adianta Inês Sequeira, sem adiantar um montante global.
Com um duração de nove meses, o Long Life Venture Builder está organizado em duas fases, a primeira, com duração de seis meses, é um Laboratório de Pesquisa de Longevidade (com mapeamento global, explorando tendências, tecnologias e perceções sobre o futuro do envelhecimento); a segunda, o acelerador, com duração de três meses, apoiando as startups em fase inicial com financiamento, mentoria, apoio para protótipos e acesso direto a investidores e parceiros de saúde.
As candidaturas arrancam em agosto. “O projeto é gerido globalmente pela LSE mas pretende-se que cada universidade parceira (em cada geografia) possa ter liberdade para criar ecossistema”, diz Inês Sequeira.
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