Bernardo Maciel: “O salário é importante, mas o dinheiro não compra tudo”
O aventureirismo e a resiliência dos empresários foram alguns dos temas abordados no 30º episódio do podcast E Se Corre bem?, que contou com Bernardo Maciel como convidado.
Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, foi o convidado do 30º episódio do podcast “E Se Corre Bem?”, no qual começou por enaltecer o heroísmo de todos os empresários, que o impulsionou a criar o prémio Heróis PME. “Os empresários são heróis. Seja em que contexto for, a atividade empresarial tem sempre riscos. A criação da premiação veio depois de eu fazer o MBO, em 2016. Foi quando passei a ser uma PME como qualquer outra e sentia-me muito mais próximo. Também foi uma forma de darmos sinal ao mercado que gostávamos de estar junto dos pequenos e médios empresários, ajudá-los nos momentos críticos de decisão e destacar as suas histórias“.
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A decisão de assinar o MBO foi a virada chave inesperada na vida profissional de Bernardo Maciel: “O grupo Yunit tinha várias áreas de negócio e, de acordo com instruções da Troika, os bancos deveriam largar os ativos não financeiros onde estavam as seguradoras. E era onde estávamos nós. Tínhamos mais de 100 pessoas e havia a dúvida do que ia acontecer. Na altura, eu já liderava a Yunit Consulting e havia a oportunidade de cada um dos responsáveis das diferentes empresas fazerem um MBO para dar continuidade ao negócio. Foi um passo natural“.
Dado este passo, o líder do grupo passou a ser CEO da Yunit Consulting, mas confessa que isso não mudou a sua postura e forma de trabalhar. “Eu penso que só muito recentemente é que, pela primeira vez, falei do Bernardo acionista e do Bernardo CEO. Obviamente que tenho noção que sou o responsável último da organização, mas ainda me vejo muito como o diretor executivo que tem de garantir que o plano é feito e que os objetivos são cumpridos“, confessou.
Quando questionado sobre o que prioriza quando olha para um CV, Bernardo Maciel não hesitou em responder: “Competências técnicas são importantes, mas depois é a componente pessoal”. Para o CEO da Yunit Consulting, é importante perceber, logo nas entrevistas, as “formas de estar e os anseios das pessoas para se perceber se estão no aquário certo ou não”. Só assim, segundo ele, é possível recrutar “pessoas que se alinham na mesma lógica de negócio”.
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Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, é o 30º convidado do podcast E Se Corre Bem? -
"Os empresários são heróis. Seja em que contexto for, a atividade empresarial tem sempre riscos" -
"Sou o responsável último da organização, mas ainda me vejo muito como o diretor executivo que tem de garantir que o plano é feito e que os objetivos são cumpridos" -
"A honestidade é fundamental para as pessoas perceberem o que valem dentro da organização, que visão temos para o negócio, o que queremos atingir"
“A harmonia é boa para podermos discutir de forma saudável o futuro e os desafios. É também uma forma de passar para o resto da organização a estabilidade que as pessoas precisam. Apesar de haver sempre discussões para tomar decisões, é fundamental haver saúde e alinhamento entre os boards, as administrações e as direções para que as pessoas sintam a estabilidade necessária para cumprirem as suas missões e só depois disso é que vem a satisfação e a felicidade no trabalho“, referiu.
Ainda sobre o que promove a felicidade no ambiente de trabalho, Bernardo Maciel destacou o respeito pela vida pessoal dos colaboradores, e, sobretudo, haver “um nível de transparência muito grande”: “Eu não noto que as derivadas pessoais (consultas, etc) impactem nos resultados. Há um nível de responsabilização e de transparência muito grande dentro da organização. As nossas contas são muito transparentes e acho que a honestidade é fundamental para as pessoas perceberem o que valem dentro da organização, que visão temos para o negócio, o que queremos atingir, o que resolvemos junto dos nossos clientes e que condições de trabalho damos“.
Com a missão de tornar a Yunit um “espaço de crescimento e de realização” das pessoas que trabalham na empresa, o CEO garante que tornar o trabalho dos seus colaboradores interessante para eles, com desafios que os motivem a permanecer, é crucial. “O salário é importante, mas o dinheiro não compra tudo. Se o colaborador estiver num momento de insatisfação, não é com um aumento que eu vou resolver o problema. Isso é só um paracetamol”, concluiu.
Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, em que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.
Se preferir, assista aqui:
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