Dono do BPI na corrida pelo Novobanco, avança Bloomberg

  • ECO
  • 9 Maio 2025

Espanhóis do Caixabank têm mantido conversações com o fundo americano Lone Star sobre uma potencial aquisição do Novobanco, avança a agência Bloomberg.

Os espanhóis do Caixabank, donos do BPI, estão entre os interessados numa potencial aquisição do Novobanco, avança a agência Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês). Mas há mais candidatos, incluindo o Groupe BPCE, como já avançou o ECO.

A agência de informação financeira americana adianta que o banco espanhol tem mantido conversações com o fundo americano Lone Star, que controla 75% do banco português, sobre um potencial negócio. Acrescenta que a instituição lusa poderá atrair o interesse de outros concorrentes, incluindo os franceses do Groupe BPCE, informação que o ECO já tinha avançado há um mês.

A Lone Star continua a preparar a oferta pública inicial (IPO) com vista a colocar o Novobanco na bolsa de Lisboa, mas não descarta um processo de venda direto. As fontes consultadas pela Bloomberg sublinham que qualquer negócio terá de ter o acordo do Governo português – que controla os restantes 25% do capital do banco, através do Fundo de Resolução e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

Novobanco, Lone Star e Caixabank recusaram fazer qualquer comentário sobre a operação.

Esta semana, a vice-governadora do Banco de Portugal, Clara Raposo, comentando o Novobanco, afirmou, numa conferência organizada pelo ECO, que o regulador preza a concorrência do mercado e que não é ideal que os bancos estejam “dependentes das mesmas fontes de risco e de acionistas”.

O Novobanco nas mãos do Caixabank iria acentuar o domínio espanhol na banca portuguesa. O próprio governador também prefere uma solução que passe pela bolsa em vez de uma operação de consolidação.

O banco português acabou de anunciar lucros de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, uma descida de quase 2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, com o resultado a ser pressionado pela descida das taxas de juro.

Esta semana, em assembleia geral, foi aprovada uma redução do capital em excesso que vai permitir libertar 1,1 mil milhões de euros pelos três acionistas.

Dentro de menos de um mês, e tal como o ECO avançou, o Novobanco dará novo passo rumo ao IPO: está marcada uma assembleia geral extraordinária para aprovar a admissão de ações representativas do capital do banco à bolsa de Lisboa. O IPO poderá acontecer em junho ou em setembro, segundo anunciou Mark Bourke.

(Notícia atualizada às 18h08)

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