Lloyd’s of London lança seguros para danos provocados pela degradação da IA

Empresas de seguros do Lloyd’s of London lançaram um seguro que cobre os danos às empresas provocados por sistemas de inteligência artificial (IA) se estes resultarem da sua degradação ao longo do tempo, avançou o Financial Times (acesso pago).

As apólices desenvolvidas pela start-up Armilla, financiada pela aceleradora Y Combinater, vão cobrir os custos das ações judiciais e o pagamento de indemnizações das empresa que forem processadas por clientes ou outras entidades que tenham sofrido danos devido ao desempenho abaixo do esperado de uma ferramenta de IA. Ou seja, invés de aprender com o tempo, a ferramenta provoque perdas por erros no processo de adaptação. Por isso, a cobertura só será acionada se a seguradora considerar que a IA tenha um desempenho inferior às expectativas iniciais.

O seguro da Armilla poderia pagar se um chatbot fornecesse informações corretas apenas 85% das vezes, depois de o ter feito inicialmente em 95% dos casos, afirmou a empresa.

Tom Graham, chefe de parceria da Chaucer, uma seguradora da Lloyd’s que está a subscrever as apólices vendidas pela Armilla, disse que o seu grupo não subscreveria apólices que cobrissem sistemas de IA que considerassem excessivamente propensos a avarias. “Seremos seletivos, como qualquer outra companhia de seguros”, afirmou.

O diretor-executivo da Armilla, Karthik Ramakrishnan, acredita que a presença deste produto no mercado vai encorajar as empresas a adotarem ferramentas de IA nas suas operações, visto que muitas se afastam pelo receio de que ferramentas, como os chatbots, se avariem.