Energia e banca são os setores com maior transparência fiscal
Um estudo da KPMG revela que 63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que tal teve um impacto positivo na sua reputação junto dos investidores, reguladores e clientes.
A transparência fiscal é um pilar estratégico cada vez mais relevante para os maiores grupos empresariais da Europa, ajudando a melhorar a sua reputação nos mercados onde atuam, revela um estudo da KPMG e do European Business Tax Forum (EBTF). A energia e a banca são os setores que lideram em termos de divulgação fiscal.
A análise, que abrangeu 185 multinacionais de 21 países europeus, incluindo Portugal, mostra que “63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que essa prática teve um impacto positivo na sua reputação nos mercados onde atuam”, sendo que os “grupos de energia e serviços financeiros lideram em termos de divulgação fiscal, apresentando níveis de compliance acima da média“.
“As empresas destes setores parecem demonstrar uma maior maturidade e compromisso com práticas fiscais responsáveis, indo muitas vezes além das exigências legais”, refere o estudo divulgado pela KPMG e pelo EBTF.
O relatório “identifica também uma tendência crescente de adoção da transparência fiscal, com 72% das empresas a reportarem de acordo com os standards da Global Reporting Initiative (GRI) — um aumento face aos dados de 2022″.
“Em geral, as empresas cotadas em bolsa divulgam políticas de governance fiscal mais transparentes, revelando níveis superiores de divulgação tanto qualitativa como quantitativa, o que reflete uma maior pressão regulatória e dos stakeholders sobre estas entidades”, conclui a análise, apontando Dinamarca e Espanha como os dois países em maior destaque no campo das divulgações qualitativas e quantitativas e entre os setores analisados.
“Este estudo mostra-nos que um governance fiscal robusto importa vantagens para as empresas, designadamente nas seguintes dimensões: redução dos riscos fiscais, minimizando posições incertas, litígios e potenciais contingências; identificação atempada de oportunidades fiscais, promovendo eficiência fiscal alinhada com a estratégia de negócio e um reforço do compliance fiscal”, afirma Tomás Costa Ramos, diretor de international tax da KPMG em Portugal.
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