Exclusivo OW Ventures lança fundo de dez milhões para escalar PME tecnológicas
O fundo Tech Services Alliance prevê, por empresa, um ticket máximo de investimento de 1,5 milhões de euros. Em quatro anos, querem investir entre a oito a 12 PME do setor tech.

A OW Ventures acaba de lançar um novo fundo de dez milhões de euros para ajudar PME tecnológicas a escalar no mercado nacional e lá fora. O Tech Services Alliance tem o primeiro closing de quatro milhões de euros previsto para o final do terceiro trimestre e espera investir em oito a 12 PME ao longo de quatro anos.
“O Tech Services Alliance tem como objetivo captar dez milhões de euros num período de 12 a 18 meses, com uma estratégia de captação faseada e alinhada ao pipeline de investimentos já identificado. Acreditamos que este montante é adequado para apoiar de forma robusta um portefólio diversificado de PME tecnológicas com ambição de escalar internacionalmente”, adianta Luís Gutman, managing partner da OW Ventures, a sociedade gestora do fundo.
O novo fundo tem como objetivo mobilizar capital, conhecimento e uma rede internacional para posicionar Portugal como um hub tecnológico de referência na Europa e no mundo. Sob gestão da OW Ventures, o Tech Services Alliance tem Gabriel Coimbra, até recentemente VP do grupo IDC, head of Europa do Sul e country manager da IDC em Portugal, como responsável pela aliança das empresas investidas.
“A criação de uma aliança entre empresas tecnológicas em Portugal é fundamental para que estas possam complementar as suas competências, ganhar escala e competir de forma eficaz nos mercados internacionais. O Tech Services Alliance representa uma oportunidade única para acelerar esse processo,” afirma Gabriel Coimbra.
Com um mercado de serviços tecnológicos na Europa Ocidental que deverá crescer mais de 18% ao ano até 2030, atingindo os 225 mil milhões de euros, o Tech Services Alliance surge como um veículo estratégico para captar esta oportunidade de crescimento, apontam.
Primeiro closing de quatro milhões
Neste momento, o fundo está em fase de levantamento de capital junto a potenciais investidores. “Estamos em conversações com uma base diversificada de investidores, incluindo empresários do setor tech, que veem valor estratégico no acesso a um pipeline qualificado de empresas de serviços tecnológicos, e todos os investidores individuais e corporativos que acreditam na internacionalização da economia portuguesa”, adianta Luis Gutman. “Também estamos a avaliar mecanismos de coinvestimento com parceiros corporativos do setor IT, com interesse em crescimento inorgânico”, acrescenta.
O primeiro closing do fundo deverá ocorrer “até ao final do terceiro trimestre de 2025, com um montante inicial de quatro milhões de euros“, precisa. “Este valor permitirá iniciar os primeiros investimentos e validar a tese do fundo com casos concretos de crescimento e internacionalização”, refere.
Onde vai investir
A aposta será em PME de serviços de tecnologias de informação em “áreas estratégicas” como serviços e gestão de cloud, data, analytics & IA, cibersegurança ou UX/UI design & software development, entre outras.
“Priorizamos investimentos em empresas com modelos de negócio validados e capacidade de escalar rapidamente com capital e apoio estratégico”, diz Luis Gutman. Sendo que o fundo prevê, por empresa, um ticket máximo de investimento de 1,5 milhões de euros, “com possibilidade de follow-ons dependendo da performance e da estratégia de internacionalização”.
As metas de investimento estão igualmente definidas: “investir em oito a 12 PME ao longo de quatro anos, com um horizonte de desinvestimento entre cinco e sete anos“, precisa. “Pretendemos construir um portfólio equilibrado entre empresas em estágio de crescimento e empresas em fase de consolidação que estejam prontas para internacionalização acelerada”, afirma.
A internacionalização está também nos planos do fundo. E já há mercados-alvo definidos. “Com base em análise de maturidade de mercado e afinidade com o perfil das empresas-alvo, os principais mercados prioritários são Alemanha, Reino Unido e Irlanda (numa fase de médio prazo – 12 a 24 meses); e Estados Unidos e Canadá, para empresas com soluções mais maduras ou especializadas, a partir do 3.º ano”, revela.
“A entrada nestes mercados será apoiada por parcerias estratégicas, presença em eventos internacionais e, quando aplicável, processos de soft landing com apoio institucional“, sintetiza.
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