Sondagens dão vitória à AD. Marcelo disposto a adiar nomeação do próximo primeiro-ministro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9:49

Inquérito da Universidade Católica dá AD com oito pontos de vantagem sobre o PS. Distância recua para 6,7 pontos na sondagem diária da Pitagórica.

A mais recente sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o Público, a RTP e a Antena 1, cujo trabalho de campo foi realizado entre 6 e 13 de maio, mostra a Aliança Democrática (AD) com 34% das intenções de voto e a aproximar-se, juntamente com a Iniciativa Liberal (IL), do patamar da maioria absoluta, visto que os liberais recolhem 7% das intenções de voto.

Já o PS surge com 26%, aumentando a distância para a coligação PSD/CDS, e o Chega (19%), embora estabilizado na terceira posição, pode não reforçar a representação parlamentar. À esquerda, o Livre (5%) ocupa o quinto lugar, seguindo-se a CDU (coligação entre PCP e PEV), com 3%, e o Bloco de Esquerda (BE), com 2%. O PAN recolhe 1% das intenções de voto. A percentagem de indecisos é de 12%.

No caso da sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF, a TVI e a CNN Portugal, a coligação PSD/CDS (31,9%) subiu ligeiramente, enquanto os socialistas (25,2%) perderam fôlego, alargando novamente a distância entre si para 6,7 pontos percentuais, num cenário com distribuição dos 18,6% de indecisos. Desfaz-se, assim, o cenário de empate técnico.

Na verdade, o PS surge mais próximo do terceiro lugar, ocupado pelo Chega, do que da AD. Nesta penúltima sondagem, o partido de André Ventura atinge a percentagem mais alta desde o início da tracking poll, 19,1%, o que lhe garantiria mais do que os 50 deputados conquistados nas legislativas anteriores.

Já a Iniciativa Liberal (IL) reúne 5,6% das intenções de voto, o que representa uma queda de 1,4 pontos percentuais face à sondagem anterior, o maior recuo entre todos os partidos. À esquerda, o Livre reforça a liderança, alcançando 5,5% das intenções de voto, seguindo-se a CDU (3,3%) e o Bloco de Esquerda (2,6%). O PAN sobe ligeiramente de 1,1% para 1,4%.

Segundo avança o Expresso esta sexta-feira, o Presidente da República está a antecipar um processo pós-eleitoral longo, em que não terá pressa para nomear o novo primeiro-ministro, preferindo dar tempo para que se façam todas as negociações necessárias, ao contrário do que tem sido habitual.

A única exigência de Marcelo para dar posse a um novo Executivo será, assim, saber que este consegue passar no Parlamento, onde o programa de Governo tem de ser discutido e só será votado se algum partido apresentar um projeto para a sua rejeição ou aprovação.

“O Presidente está à vontade para nomear um Governo, tendo a certeza que o Governo não é rejeitado imediatamente. Não está à vontade para o nomear, não tendo essa certeza”, afirmou, há uma semana, deixando o aviso de que “a questão fundamental é ter a certeza de que o Governo que vai ser nomeado tem condições para arrancar o seu programa“.

Na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que irá procurar “a solução de governabilidade melhor ou menos má” na sequência das legislativas de domingo, e que “verdadeiramente decisivo é o povo”, que irá “decidir o quadro” político.

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