PCP reúne Comité Central para analisar resultados das eleições e traçar iniciativas

  • Lusa
  • 7:33

Comité Central do PCP analisa esta terça-feira os resultados das eleições e pode discutir uma moção de rejeição ao programa do Governo. Comunistas tiveram a pior votação de sempre.

O Comité Central do PCP reúne-se esta terça-feira para analisar os resultados das eleições de domingo, a situação política e social e a “ação e iniciativa política do partido”. Esta vai ser a primeira reunião da direção do PCP desde as eleições legislativas deste domingo, que ditaram o pior resultado de sempre do partido, com 3,03% dos votos e a eleição de três deputados: Paulo Raimundo, Paula Santos e Alfredo Maia.

No final da reunião, pelas 18h00, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, vai apresentar as conclusões numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.

Entre as decisões que poderão ser discutidas nesta reunião pela direção comunista está a eventual apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, tendo em conta que, no ano passado, foi precisamente na primeira reunião do Comité Central após as legislativas de 10 março que Paulo Raimundo anunciou que o partido iria avançar com essa iniciativa.

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    “O facto de nós avançarmos para esta iniciativa é um sinal político que queremos dar, que é para ficar logo claro ao que é que se vai. Da nossa parte, nós não temos nenhuma ilusão sobre qual é o projeto do PSD e do CDS, da direita. Não temos nenhuma ilusão qual é o caminho e as consequências na vida das pessoas, dos trabalhadores e do país”, tinha afirmado o secretário-geral do PCP nessa ocasião. Essa moção de rejeição viria a ser chumbada na Assembleia da República com os votos contra do PSD, Chega, CDS e PAN, abstenção do PS e votos a favor do BE, PCP e Livre.

    Agora, ainda que não tenha dado qualquer indicação quanto à eventual apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, Paulo Raimundo disse, na declaração que fez após serem conhecidos os resultados eleitorais, que, perante o resultado da AD, Chega e IL, é necessária “uma ação comum de democratas e patriotas” para enfrentar “a política de direita”. “Este não é o tempo para dar a mão à direita e dar suporte à sua política antipopular. Este é o tempo do combate”, vincou.

    A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, com 58 cada. A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (9) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos. A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante, tal como o PAN que manteve um deputado. O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado.

    Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidas a 28 de maio.

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