BRANDS' ECO Mercado imobiliário de luxo afirma-se cada vez mais em Portugal

  • Conteúdo Patrocinado
  • 23 Maio 2025

"The Wealth Report - O mercado imobiliário de luxo - Perspetivas globais e o mercado português" reuniu especialistas para discutirem como o mercado imobiliário de luxo está a afirmar-se em Portugal.

A Quintela + Penalva I Knight Frank, em parceria com a Católica Lisbon School of Business & Economics, organizou a conferência “The Wealth Report – O mercado imobiliário de luxo – Perspetivas globais e o mercado português”. O evento contou com a presença de diversos especialistas do mercado imobiliário, que se reuniram para ver a apresentação do The Wealth Report, o principal relatório da Knight Frank, parceira da portuguesa Quintela + Penalva desde 2021, que analisa o setor imobiliário e os investimentos no setor do luxo a nível mundial.

Depois de analisados todos os detalhes do relatório, houve ainda espaço para dois painéis de debate. No primeiro foi debatido o tema “O Mercado Imobiliário de Luxo em Portugal” com a presença de Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank, João Cabaça, CEO da VIC Properties, e André Caiado, arquiteto e fundador da Contacto Atlântico.

Carlos Penalva destacou que Portugal tem sido cada vez mais procurado por clientes internacionais que olham para o país enquanto destino de luxo no que ao imobiliário diz respeito – uma escolha de vida que tem como prioritárias a segurança, a estabilidade e o custo de vida que o país oferece. “O luxo não acaba no imóvel, o luxo é toda a experiência de viver em Portugal”, assegurou.

Carlos Penalva distinguiu duas realidades: “Uma coisa é o mercado de luxo, outra é o facto de ter uma casa em Portugal ser considerado um luxo, e infelizmente é assim. Carlos Penalva criticou a falta de planeamento do poder público: “As cidades são monocêntricas. Os Governos não tiveram grande vontade de investir em habitação ou em infraestruturas a longo prazo. É uma tempestade perfeita que gerou esta incapacidade de as pessoas terem uma casa no centro da cidade”.

No que toca ao investimento estrangeiro, Carlos Penalva sublinhou que “a estabilidade, o custo de vida, a própria política, e o facto de sermos um país ainda em fase de crescimento neste mercado, são fatores muito atrativos para os investidores, e para quem pode trabalhar remotamente”. O responsável diz ser “um luxo vir para Portugal; há até excesso de procura para a nossa capacidade de oferta. Precisamos de criar cerca de 50 mil casas por ano, e estamos a construir 25 mil. Este processo tem de ser acelerado”.

Já André Caiado, cujo atelier é responsável pela reabilitação de vários projetos, que albergam lojas de luxo na Baixa Pombalina e na Avenida da Liberdade, salientou que o luxo é, na sua essência, “algo que não está disponível, que é único”.

Todos os intervenientes foram da opinião de que o luxo está associado a experiências únicas e que existe uma lacuna no mercado que deve ser vista como uma oportunidade. “O luxo é também a não massificação do produto, a exclusividade é muito importante enquanto comunicação”, acrescentou João Cabaça.

Já o segundo painel contou com a presença de Mónica Seabra Mendes, diretora do Programa Executivo de Gestão do Luxo na Católica Lisbon Business & Economics, Gracinha Viterbo e Miguel Vieira da Rocha, partners da Viterbo Interior Design, Alexandra Cesário, fundadora da Know Concierge e Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank.

O luxo, para a Mónica Seabra Mendes, está sobretudo associado a um nicho de mercado em que o serviço é primordial. Aliás, a Diretora do Programa Executivo de Gestão de Luxo, refere que há marcas como a L’Oréal e a Nespresso, que, não sendo de luxo, vivem do luxo, pelo serviço prestado e pelo seu posicionamento. Refere ainda que “os alunos que procuram este programa muitas vezes não estão associados a marcas de luxo, mas querem aprender e aplicar nos seus negócios técnicas ligadas ao serviço e gestão de luxo, como a personificação e a antecipação”.

Já a empresária Alexandra Cesário sublinhou o valor que este tipo de clientes dá à experiência e a satisfação que têm quando as suas necessidades são antecipadas. Para os Partners da Viterbo Interior Design, o luxo está na criação de algo único para cada cliente, uma experiência que têm de antecipar e acompanhar.

Interrogado sobre a diferença entre clientes estrangeiros e portugueses, Miguel Vieira da Rocha disse que “ao nível dos clientes que trabalhamos, não há diferença nenhuma. São clientes que têm mais do que uma propriedade e que procuram um estilo único para cada uma das suas casas”. Para Gracinha Viterbo “cada cliente é único e temos de saber ouvir o que procuram, mas também o que são, o que os inspira para podermos criar algo único. O que esperam de nos é a criação”.

Francisco Quintela referiu que “em Portugal há ainda um estigma relacionado com a riqueza e um certo pudor”. Por outro lado, e interrogado sobre o que é o luxo, Francisco Quintela referiu “não saber definir o luxo pois o luxo pode ser um conceito diferente em cada geografia. O luxo no Dubai nada tem a ver com o luxo de Lisboa. Por outro lado, as pessoas também têm conceitos diferentes do que é o luxo. O luxo para uns pode ser ir para uma praia paradisíaca no inverno e, para outros, estar num restaurante 3 estrelas Michelin”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Mercado imobiliário de luxo afirma-se cada vez mais em Portugal

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião