Zurich quer estar “em todos os canais” e prepara novas parcerias
A Zurich Portugal estabeleceu parceria com a Santander Consumer Finance, os clientes já subscreveram algumas dezenas de seguros do novo parceiro e o objetivo é terminar 2025 com perto de mil apólices.
“Estamos sempre em processos de negociação”. A frase de Jorge Duarte Pinto, head of sales and distribution da Zurich Portugal, resume a ambição da seguradora: chegar a mais sítios, com mais parceiros, também através de seguros incorporados na hora da compra. Para o gestor, “conveniência é a palavra-chave”. O seguro deve aparecer onde o cliente está, sem passos extra.

Essa lógica sustenta o acordo com o Santander Consumer Finance Portugal (SCF). O concessionário apresenta o crédito e, “de imediato, o seguro”. Miguel Mendes, diretor de Seguros do SCF, garante rapidez. Não há exclusividade: “Se um parceiro tiver outra seguradora, poderá trabalhar com outra seguradora”.
A solução nasceu depressa. A consulta abriu em setembro-outubro, a Zurich foi escolhida em dezembro e o produto estava pronto em março, tudo em “quatro, no máximo cinco meses”. O produto arrancou e já soma “algumas dezenas” de apólices. A meta é clara: “O objetivo até ao final do ano é chegar perto de 1.000 apólices”. O potencial vai além: “São muitas mais milhares”.
O pacote estreia com uma campanha forte. Quem juntar financiamento, seguro de proteção ao crédito e seguro GAP – uma cobertura que proporciona um nível extra de segurança aos clientes que cobrem os custos remanescentes de um veículo de substituição ou os restantes pagamentos das mensalidades do empréstimo -, recebe “a primeira anuidade do seguro automóvel com a Zurich no valor máximo 350 euros”. Fora desse pack, o prémio continua, nas palavras de Mendes, “super-competitivo”, resultado de uma análise “muito profunda” ao mercado. Descontos ligados ao crédito não existem: “As condições do financiamento são as condições do financiamento, as condições do seguro são as condições do seguro”.
Porquê escolher a Zurich e não uma seguradora do próprio grupo? Mendes responde com timing e robustez. “Não identificamos nenhuma solução dentro do timing que nós precisávamos”. A Zurich garantiu produto pronto em “quatro, no máximo cinco meses” e coberturas alinhadas com o objetivo. A seguradora, por seu lado, não compete em preço. “Não somos uma companhia de preço, somos uma de qualidade”, sublinha Jorge Pinto, apostando no serviço em sinistro e na formação das equipas SCF para uma venda consultiva. As equipas do SCF estão a receber formação para traduzir o “segurês” e adaptar coberturas a cada condutor.
Da parceria já resultaram “algumas dezenas” de apólices e quer terminar 2025 perto de “1.000 apólices”, diz o representante do SCF. O potencial é maior: “São muitas mais milhares”, antecipa o representante do SCF, sobretudo no mercado de usados, onde a compra por impulso pede resposta imediata. Sem poder revelar quantos anos vai durar a parceria, há garantia que seja de “alguns anos”.
Quanto ao impacto na aposta dos seguros integrados nos mediadores, Jorge Pinto garante que “estamos a acelerar o procedimento para os seguros integrados, mas também a reforçar a relação de proximidade com os nossos parceiros, com os nossos agentes, com os nossos brokers e com os bancos. Queremos estar em todos os canais onde estão os clientes”. O responsável diz que não há canibalização: “o cliente que vai comprar o equipamento eletrónico e faz o seguro integrado, não iria fazer num agente… não há qualquer canibalização”, conclui.
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