Huawei diz que visitas à China foram “exclusivamente de trabalho”
O objetivo das viagens, esclarece a tecnológica, foi a "partilha de conhecimentos". E reitera que "não pagou qualquer viagem à China".
A Huawei garante, esta terça-feira, que as viagens que envolvem vários políticos e dirigentes da Administração Pública, que visitaram a sede da empresa na China, foram “exclusivamente de trabalho” e tiveram como objetivo a “partilha de conhecimento”.
“A Huawei não pagou qualquer viagem à China“, começa por reiterar a empresa, em comunicado enviado às redações. A Huawei não esclarece, contudo, se pagou o alojamento, alimentação e outras despesas dos políticos e responsáveis de empresas públicas que viajaram à China a seu convite. Quando diz “viagens”, a Huawei pode estar a referir-se aos bilhetes de avião, que, segundo noticiou o ECO na segunda-feira, a NOS pagou a cinco altos quadros da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
A tecnológica reconhece, ainda assim, que “recebe entidades públicas e privadas oriundas de todo o mundo, com quem partilha os mais recentes desenvolvimentos na indústria das Tecnologias de Informação e Comunicação”. Essas visitas, acrescenta, são “exclusivamente de trabalho”. Ao mesmo tempo, “têm como único objetivo a partilha de conhecimento, o que constitui uma prática empresarial comum, também em Portugal e na Europa”.
“O nosso foco é, sempre foi e continuará a ser a inovação, o desenvolvimento tecnológico, bem como a partilha de conhecimento e experiência na área das TIC“, conclui o comunicado.
O esclarecimento da Huawei surge depois de novos desenvolvimentos relativamente às viagens que tem oferecido a vários políticos. As primeiras notícias foram avançadas no final do mês passado pelo Observador, que deu conta de que Paulo Vistas, presidente da Câmara de Oeiras, Sérgio Azevedo, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Ângelo Pereira, vereador do PSD na Câmara de Oeiras, e Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, viajaram à China em fevereiro de 2015, todos a convite da Huawei.
Mais tarde, o Observador noticiou também que Nuno Barreto, adjunto do secretário de Estado das Comunidades entretanto já afastado, também foi convidado pela tecnológica, em janeiro deste ano.
Já este fim de semana, o Expresso avançou que seis altos quadros do Estado (cinco da SPMS e um da Autoridade Tributária) também viajaram à China, para visitar a sede da Huawei, em junho de 2015. As viagens dos cinco funcionários do Ministério da Saúde, apurou o ECO, foram pagas pela NOS, que já confirmou ter suportado esses custos.
Notícia atualizada às 16h54 com mais informação.
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