Estremadura e Ribatejo: As novas ondas de energia
Peniche tem um parque de produção de eletricidade a partir das ondas com ligação à rede. Este é um dos pontos altos da região em matéria de energia.
Em Peniche está situado um parque de produção de eletricidade a partir das ondas com ligação à rede. Consiste em três unidades WaveRoller, da empresa finlandesa AW Energy, tendo cada unidade uma capacidade de produção de energia de 100kW. Esta tecnologia está a ser testada desde 2007 ao largo da praia da Almagreira, em Peniche.
O parque, financiado por fundos europeus, segue o projeto da empresa Eneólica e teve como parceiros institucionais a Estaleiros Navais de Peniche, Wave Energy Centre-Centro de Energia das Ondas, Instituto Hidrográfico e Câmara Municipal de Peniche. Também a empresa australiana Bombora Wave Power quer implantar um parque de onda em Peniche de 60MW, tendo já obtido autorização para 1,5MW.
No Oeste, a produção de energia a partir de renováveis recai fundamentalmente sobre a energia eólica, sendo ainda de referir que os projetos no âmbito da eficiência energética e emissões de gases com efeito de estufa apresentam um investimento consideravelmente mais reduzido quando comparado com a área da gestão de resíduos. Em 2013, estavam em funcionamento na região Oeste cerca de 124 turbinas eólicas com uma potência total instalada de 234,41 MW. Em Leiria existiam em 2014 39 projetos tanto em empresas industriais como aproveitando os maciços da Serra de Aire e Candeeiros. Todo este crescimento económico implica um investimento nas infraestruturas energéticas do país.
O sistema eletroprodutor da EDP tem na região do Ribatejo e Estremadura uma das suas redes de produção mais importantes, papel destacado para a Central de Castelo do Bode. O aproveitamento é composto por uma barragem com 115 metros de altura, uma central com três grupos geradores tipo Francis com 57,3 MVA cada e dois grupos auxiliares.
Localizada na proximidade da foz do Zêzere, a sua albufeira é reserva de água e, pela sua capacidade, abastece todas as povoações ribeirinhas e é o maior abastecedora de Lisboa. É regularizadora das variações hidrológicas da bacia do Tejo e uma reserva energética estratégica. É utilizada pelos adeptos de desportos como o windsurf, vela, remo, motonáutica e jet ski, bem como da pesca desportiva (truta, achigã, enguias e lagostim vermelho).
As outras centrais são a Central do Cabril, no rio Zêzere, composta por uma barragem com 132 metros de altura (é a mais alta barragem portuguesa) e dois grupos geradores tipo Francis, com 61 MVA cada, e por um grupo hidráulico auxiliar que assegura a autonomia base da central, e uma subestação com duas saídas a 150 kV e uma a 15 kV para a ligação inter centrais.
A Central da Bouça, também no rio Zêzere, com uma barragem com 63 metros de altura, tem também uma central com dois grupos geradores tipo Francis, com 28 MVA cada. A Central de Pracana, localizada no rio Ocreza é composta por três grupos geradores tipo Francis, dois de 9,68 MVA e um de 28,5 MVA.
A subestação da qual saem uma linha de 30 kV que liga à central do Fratel e duas linhas de 63kV que ligam à central de Pracana, marca o ponto a partir do qual a energia é entregue à rede nacional. Finalmente, a Central do Fratel, no rio Tejo, é constituída por uma central composta por três grupos geradores com turbinas Kaplan com uma potência de 50 MVA cada. E uma subestação com saídas a 150 kV, e outra a 30 kV que liga à central de Pracana.
No contexto das crises energéticas de 1973 e 1979, entendeu-se alterar a estratégia de expansão do parque termoelétrico, construindo centrais destinadas a queimar carvão importado. A central Termoelétrica do Pego, situada a 150 Km a nordeste de Lisboa, e a 8 Km de Abrantes, na margem esquerda do Tejo, reforçou o sistema eletroprodutor com uma capacidade de 628 MW. É propriedade da empresa Tejo Energia, detida pela Trustenergy, com 56,25%, e pela Endesa, com 43,75%. A central é composta por dois grupos de 314 MW cada, equipados cada um deles com um gerador de vapor, um grupo turboalternador e um transformador. A ligação à rede nacional é feita por saídas a 400 kV.
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