APB espera que venda do Novo Banco aconteça com “rapidez”
O presidente da associação que agrega os principais bancos que operam em Portugal diz que é importante que "o sistema financeiro se vá reforçando".
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, disse esperar que a concretização da venda do Novo Banco ao Lone Star aconteça com “rapidez”, ajudando a reforçar o sistema bancário português.
“O Conselho de Administração do Novo Banco está de parabéns por ter conseguido estes resultados que são um passo decidido para se concretizar operação de venda do Novo Banco, que espero que venha a ocorrer agora com relativa rapidez”, afirmou Fernando Faria de Oliveira, à margem de uma conferência da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Lisboa.
O presidente da associação que agrega os principais bancos que operam em Portugal disse que, com estas operações, o importante é que “o sistema financeiro se vá reforçando e deixando de constituir preocupação para os portugueses”.
O Novo Banco está mais perto de ser vendido ao fundo norte-americano Lone Star, depois de ter sido anunciado que foi concluída a operação de recompra de dívida própria do Novo Banco, poupando 500 milhões de euros, uma condição essencial para a venda ser concretizada.
Sobre a plataforma de gestão de crédito, Faria de Oliveira considerou que é “mais um instrumento” de ajudar os bancos que a compõem – BCP, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco – a reestruturar créditos e aliviar o balanço, mas admitindo que fica aquém do que foi feito em outros países.
“Não tendo sido possível devido a restrições regulatórias e de finanças públicas utilizar instrumentos, como aconteceu em Espanha e Irlanda em que houve possibilidade de adotar garantais de Estado para acelerar resolução problemas, neste momento todos bancos estão já a trabalhar intensamente com programas específicos de redução de NPL [crédito malparado], disse.
Faria de Oliveira afirmou que importante é que essa redução de crédito problemático se faça sem causar problemas ao nível de capital e de destruição de valor para o banco.
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