Luísa Amorim quer Quinta Nova a faturar seis milhões
A filha mais nova de Américo Amorim quer que a Quinta Nova duplique o valor da faturação no prazo de três anos. Luísa Amorim não descarta a hipótese de adquirir mais quintas no Douro.
A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo tem como objetivo estar a faturar seis milhões de euros no prazo de três anos. Luísa Amorim, administradora da Quinta Nova, adianta ao ECO que “em termos globais, o nosso objetivo é estarmos a faturar seis milhões de euros dentro de 3 a 4 anos, ou seja duplicarmos o nível de faturação que temos hoje“.
Para a filha mais nova de Américo Amorim, “a consolidação do projeto é agora a nossa prioridade”. Questionada sobre os lucros do projeto, Luísa Amorim recusou-se a responder.
A Quinta Nova assume-se como uma produtora de vinhos do Douro e do Porto e produz atualmente 500 mil garrafas. Para atingir a meta dos seis milhões, a produção terá também que crescer para as 700 mil garrafas. Luísa Amorim, diz que isso não é um problema porque “a adega tem condições para suportar esse aumento de produção”.
Com cerca de 50% da produção a ser exportada e repartida por mais de 30 mercados, a Quinta Nova tem-se assumido também como um projeto de enoturismo. O hotel de luxo, Quinta Nova Luxury Winery House, conta apenas com 11 quartos, o restaurante, a loja e o centro de visitas. O negócio é responsável por uma faturação que ronda o milhão de euros.
O hotel foi inclusivamente distinguido pela publicação Luxury Travel Guide como Luxury Country Retreat Award em 2017.
A estes, e tentando complementar a oferta, juntou-se recentemente o Wine Museum Centre Fernando Ramos Amorim. O novo museu do Douro reúne um espólio único que reflete a tradição secular do Douro. O acervo representativo do ciclo produtivo do vinho do Porto tem peças dos séculos XIX e XX.
Para Luísa Amorim, este “projeto museológico vem transformar a Quinta Nova num dos projetos de enoturismo mais completos do panorama nacional e vai complementar a visita aos mais de 12 mil turistas que recebe anualmente, reforçando também a sua visibilidade no mercado internacional”.
Sobre projetos futuros, a filha mais nova de Américo Amorim não adianta grandes pormenores, mas vai dizendo que, “se aparecer alguma quinta interessante, não nos vamos colocar de lado.” Mas garante: “Tem de ser uma boa oportunidade”. “A grande prioridade é consolidar este projeto onde empregamos mais de 40 pessoas. Em 2001 compramos uma outra quinta no Douro, a Quinta de São Cidrão, com cerca de 200 hectares e que ainda não começou a ser desenvolvida“.
A Quinta Nova foi adquirida pelo grupo Amorim em 1999. Situada no coração do Douro, a quinta tem uma história superior a 250 anos. Em 2005 nasceu um novo projeto que vai além dos vinhos do Porto tradicionais e que aposta nos grandes vinhos do Douro. A ideia era que os vinhos produzidos refletissem o seu terroir, com elevada elegância e concentração de cor, de estrutura clássica e uma fruta genuína. Com o tempo, a gama foi-se alargando para vinhos diferenciadores.
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